Não era surpresa que a relação de Cristiano Ronaldo com o Manchester United não estava das melhores. Na terça-feira (22), o clube inglês anunciou a rescisão de contrato do meia-atacante, que agora está livre no mercado para se transferir para outro clube. A maior missão de Fernando Santos, técnico da seleção portuguesa, é não deixar esse assunto impactar o lusitano na Copa do Mundo do Catar, que começa para Portugal nesta quinta-feira (24), às 13h, contra Gana.
O time deste ano é considerado um dos melhores desde a época de Rui Costa e Luís Figo — individualmente falando. Jogadores como o próprio CR7, Bruno Fernandes, Rúben Dias, entre outros, são destaques nos seus clubes e esperam levar os portugueses o mais longe possível (a melhor campanha de Portugal foi em 1966, quando ficou em terceiro lugar sob o comando de Eusébio). Apesar disso, a equipe vem sofrendo com críticas por não apresentar o futebol que deveria em virtude da qualidade técnica dos jogadores.
Para chegar ao menos na semifinal, os portugueses podem cruzar com o Brasil nas oitavas de final. Caso se classifiquem em primeiro, enfrentarão o segundo do grupo brasileiro e vice-versa. Ainda que a etapa esteja longe, o zagueiro Rúben Dias, do Manchester City, falou sobre um eventual encontro.
— Se acontecer, estaremos preparados. Mas primeiro é preciso chegar lá. Passar a fase de grupos é o mais importante — alertou.
A equipe de Fernando Santos pode ter desfalque na lateral-esquerda na estreia. O lateral Nuno Mendes apresentou dores musculares e não participou da atividade da última terça com o restante do elenco no centro de treinamentos do Al-Shahaniya SC, nos arredores de Doha. Caso ele fique de fora, Raphael Guerreiro, do Borussia Dortmund, deve ser o substituto.
Taticamente, Portugal deve atuar no 4-2-3-1, na linha de três com Bernardo Silva, Bruno Fernandes e Rafael Leão, artilheiro do Milan. Cristiano Ronaldo deve atuar como centroavante, mais perto do gol, onde é considerado mortal.