Antes do início da partida entre Inglaterra e Estados Unidos, nesta sexta-feira (25), pela segunda rodada do grupo B da Copa do Mundo, os jogadores ingleses protestaram novamente contra a proibição da braçadeira de capitão escrita "One Love", mensagem pró-LGBT+.
Ajoelhados antes do apito inicial, os atletas repetiram a manifestação que já havia sido feita na segunda-feira (21), na estreia contra o Irã. A ideia do protesto surgiu entre as sete seleções europeias que foram impedidas de utilizar a faixa no braço de seus líderes durante os confrontos do Mundial.
Entre os países ativos na causa estão: Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça.
Durante o Mundial, a seleção alemã também se manifestou contra a proibição do uso da braçadeira de capitão pró-LGBTQIAP+. Em foto oficial da partida contra o Japão, os jogadores posaram com as mãos cobrindo a boca.
Esse tipo de protesto não é inédito entre os jogadores britânicos. Como relembra o portal Globo Esporte, manifestação semelhante aconteceu durante o Campeonato Inglês, na época em que George Floyd, homem negro que foi sufocado por um policial branco, foi assassinado nos Estados Unidos.
Fifa buscou acordo com as seleções
A Fifa tentou diálogo com as nações europeias que aderiram ao protesto, na tentativa de contornar a crise. Após algumas manifestações durante a Copa, a entidade máxima do futebol anunciou uma campanha que prevê a exibição de mensagens humanitárias nas faixas utilizadas pelos capitães de algumas equipes. É o caso de Harry Kane, capitão inglês, que usou uma braçadeira com outra mensagem de combate a descriminação: "No discrimination", em inglês.
O problema é que a ação foi compreendida como uma tentativa de "passar por cima" do movimento "One Love", mensagem proibida no Catar, país que proíbe relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.