A sina se confirmou. A geração dourada da Bélgica mostrou ter aproveitado com louvor as lições de um antigo carrasco sobre como vencer o Brasil. Pela terceira vez em uma Copa do Mundo, com a presença de Thierry Henry no grupo adversário, a Seleção Brasileira saiu de campo eliminada.
Em 2006, o francês assinou o gol do 1 a 0 em que a França tirou do torneio na Alemanha a equipe treinada por Carlos Alberto Parreira. Ontem, na Arena Kazan, voltou a ver da casamata, como em 1998, uma derrota da equipe brasileira. Naquela ocasião, como reserva da seleção anfitriã do torneio, assistiu do banco à final com goleada de 3 a 0 que deu o título para os donos da casa. Agora, como auxiliar do técnico Roberto Martínez, foi um dos responsáveis pela qualidade tática superior da equipe belga, cuja vitória por 2 a 1 garantiu vaga da semifinal.
Com as chuteiras penduradas desde 2014, quando encerrou a carreira de atacante no New York RB, nos EUA, Henry, 39 anos, tem sua parcela de colaboração para colocar os jovens belgas mais perto do título inédito para o país.
Com a experiência que a idade traz, o ex-jogador tratou de consolar o craque Neymar, 26 anos, que daqui a quatro anos – talvez sem o mesmo vigor físico e técnico – ainda poderá ter mais uma oportunidade de conquistar um Mundial. Pelo histórico, tanto melhor se não precisar cruzar com o francês pelo caminho.