A vitória da França contra a Argentina por 4 a 3, na Arena Kazan, colocou frente a frente juventude e experiência. Melhor para os mais novos, que mostraram poder de reação para colocar os franceses nas quartas de final da Copa do Mundo. Após a partida, o técnico Didier Deschamps comemorou a classificação e elogiou os jogadores.
– Se sou treinador, é porque quero viver momentos como esse, o estádio, times com mais experiência. Nossa equipe é nova, mas correspondeu. Não foi fácil, pois a partida foi cheia de mudanças. Mas temos uma ótima mentalidade nesse time e fizemos tudo para avançar. Estou muito orgulhoso e feliz por eles. Todos se prepararam por semanas e meses. Não podíamos perder e não perdemos – disse.
A grande estrela do confronto foi o atacante Kylian Mbappé, atleta do Paris Saint-Germain que fez dois gols e sofreu um pênalti, convertido por Griezmann. Deschamps falou sobre a comparação que algumas pessoas fazem do camisa 10 com o brasileiro Ronaldo e aproveitou para elogiar o jovem.
– As pessoas gostam de comparar jogadores. O Ronaldo foi um atacante que era muito rápido. O Kylian é ainda mais veloz e pode achar muitos espaços. Ele também fica muito na parte central do campo. Porém, é alguém que foi campeão do mundo comparado a um jovem que tem muitas qualidades, mas tem apenas 19 anos – ponderou.
Deschamps arrematou:
– O ano de 1998 foi bom para ele nascer. Mesmo que ele não tenha visto a Copa do Mundo, ele sabe muito sobre clubes e jogadores. Sempre disse que ele é muito bom. Estou muito feliz que ele seja francês. Mbappé tem muito espaço para melhorar ainda. Em uma partida desse tamanho ele mostrou sua importância.
Veja outros trechos da entrevista:
MESSI
– Foi uma opção de Sampaoli, mudando o que vinham fazendo, tentando dar mais liberdade para ele entrar em nosso meio-campo. Mas nos adaptamos a isso. Sabíamos que essa possibilidade existia. O Kanté ficou muito próximo. Tínhamos duas possibilidades: impedir que ele recebesse a bola, que fizemos bem, e quando ele tivesse a bola, outra pessoa precisava marcá-lo. Ele se movimenta muito. Tínhamos que ser cuidadosos. Fizemos o que tínhamos que fazer para causar dificuldades.
APRENDEU MUITO COM O JOGO
- Aprendi muito. O time mostrou o que poderia fazer e tivemos lances bons, com poucos erros. Escolhi meus jogadores porque acho que era o melhor para o time. Alguns não tem muita experiência em Copas, mas tem qualidade. Temos que ter paciência. Do outro lado tinham jogadores com muita experiência.
MATUIDI
- É a vida. Ele reclamou com o árbitro e levou o cartão, disse que foi injusto. Não tenho certeza sobre a razão. É uma pena que ele não possa jogar.
CHANCES
– No primeiro tempo tivemos muitas oportunidades e não marcamos. Deixamos o Di María fazer o gol. Esse foi o primeiro problema. No começo do segundo tempo, mais uma vez. Mas não desistimos. Criamos muito, mas em nossa frente tínhamos a Argentina, mas ainda assim fizemos quatro gols.
MEDO DA VIRADA
– Eu só vivo o jogo. Não fico com medo de nada. Se o árbitro não apitou o fim do jogo, tudo pode acontecer. Quando a Argentina marcou, foi um problema. Poderíamos ter empatado antes, mas não fiquei com medo. Não é a melhor situação, mas se você tiver tempo, a França tinha capacidade de ganhar.
POSSÍVEL ADVERSÁRIO
– Conheço Portugal um pouco melhor, pois jogamos contra eles na final da Eurocopa. Não enfrentamos o Uruguai há alguns anos. Mas são dois grandes times, que jogam um ótimo futebol.