A exemplo da Eurocopa 2016, a Islândia tem tudo para ser novamente uma sensação na Copa do Mundo 2018. Após o empate por 1 a 1 com a Argentina, neste sábado (16), manifestações de alegria, ambição e desabafo tomaram conta do vestiário islandês. Os jogadores vikings declararam que têm metas dentro do Mundial e que não vieram à Rússia para passear.
— Não estamos aqui para fazer uma festa. Esse jogo foi para todos verem que viemos à Rússia para competir. Fizemos algo muito bonito para toda a Islândia — desabafou na zona mista o atacante Alfred Finnbogason, autor do primeiro e, até agora, único gol islandês na história das Copas.
Não é a primeira vez que o país de apenas 330 mil habitantes surpreende o mundo. Na Euro 2016, a seleção europeia empatou com Portugal e derrotou a Inglaterra nas oitavas de final, só caindo nas quartas para a futura vice-campeã França.
— Basicamente, temos 17 jogadores no grupo que estiveram na Eurocopa. Tomara que nos próximos jogos estejamos melhores ainda que na Euro. Temos um objetivo e queremos ficar na Rússia o quanto for possível. Todo mundo conhece o nosso estilo de jogo e vamos ainda melhorar. Será difícil nos derrotar — sentenciou o lateral Ari Skúlason em entrevista à GaúchaZH na zona mista do Estádio Spartak.
Finnbogason disse que não acreditou quando viu a rede da meta argentina balançar.
— Foi um momento de blecaute. Eu não sabia o que fazer. Ver a bola entrar foi um momento inesquecível. Foi um gol histórico para nós — contou o atacante.
O jogador alertou para uma coincidência entre o início da histórica trajetória da Eurocopa 2016 e a Copa do Mundo 2018.
— O primeiro jogo na Euro também foi um 1 a 1 contra um time grande (Portugal) e contra um jogador de renome (Cristiano Ronaldo) — relembrou Finnbogason.
Mas a Islândia quer mais. Apesar da postura defensiva contra a Argentina, a equipe viking promete adotar uma estratégia mais ofensiva contra os próximos adversários, Croácia e Nigéria, os outros rivais do Grupo D.
— Foi um jogo muito duro contra a Argentina, estivemos jogando contra um dos melhores times do mundo. Porém, acho que temos que melhorar ofensivamente. Temos que tentar manter a posse da bola um pouco mais. Mas o importante é que estamos felizes — disse o meia Rúrik Góslason à GaúchaZH.
A Islândia quer surpreender o mundo mais uma vez.