Era opinião comum para todos os sete mil torcedores da Islândia que compareceram ao estádio Geoffroy Guichard, em Saint-Etienne, nesta terça-feira, para a primeira partida da sua seleção numa fase final de Eurocopa, contra Portugal, que eles queriam deixar a sua marca. O simples fato de 2% da população do país estar presente já era algo incrível. Como foi a imensa festa que fizeram durante toda a partida, com cânticos e apoio ao seu time.
Mas a cereja do bolo foi dada pela seleção em campo. Aplicada, mas nitidamente inferior tecnicamente ao time português, os islandeses arrancaram o empate em 1 a 1 contra o time de Cristiano Ronaldo, que estava fazendo o seu jogo 127 e igualando-se a Figo como o atleta com mais partidas na sua seleção. Nani marcou no primeiro tempo. Birkir Bjarnason fez o gol do empate histórico.
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A Islândia começou mostrando um bom toque de bola, postada na defesa em uma linha 4-3-3- e não deixando de atacar. Aos dois minutos, em ótima trama Bodvarsson fez grande assistência para Gylfi Sugurdsson chutar duas vezes para a defesa de Rui Patrício.
Portugal tinha maior posse de bola (muito maior, 67%), mas quando o rival estava fechado, só conseguia alguma coisa no apoio de Vieirinha, que passava facilmente pelo lateral Skúlason. Portugal começou a achar o jogo quando adiantou as suas linhas e, principalmente, pressionou a marcação, fazendo a Islândia errar passes em profusão gerando contra-ataques perigosos.
Atacando pela direita quando tinha a bola e voando com Nani e CR7 – que trocavam de posição – nos contra-ataques, Portugal foi criando chances e chutando muito (12 no primeiro tempo). O gol era questão de tempo. Não saiu no passe de CR7 para Nani cabecear para grande defesa de Halldórson. Não saiu quando Cristiano Ronaldo recebeu passe perfeito e, livre na área, furou o chute. Mas ele veio numa boa trama pela direita com o lateral Vieirinha e André Gomes. Este último achou Nani bem colocado para fazer o justíssimo 1 a 0 do primeiro tempo.
No segundo tempo, Cristiano Ronaldo queria deixar a sua marca. Uma bela firula no primeiro minuto, um chute de fora da área que passou raspando aos dois, uma roubada de bola aos três, uma assistência interessante aos quatro. Só que no quinto minuto a Islândia enfim foi ao ataque e o cruzamento de Gudmundsson na segunda trave achou Birkir Bjarnason desmarcado. O camisa 8 mandou a bomba para empatar.
Portugal seguiu melhor. O raçudo André Gomes, além de Raphael Guerreiro e Nani, fizeram o goleiro Halldórson aparecer muito bem em três oportunidades. O tempo foi passando, o jogo virou ataque contra defesa. Portugal seguiu massacrando, mas teve de sair de campo amargando o empate. E para a Islândia, uma festa. Definitivamente o país entrou no mapa do futebol, fazendo bonito.
*LANCEPRESS