O principal assunto entre os jornalistas brasileiros após a entrevista coletiva da comissão técnica da Seleção Brasileira, nesta quinta (22), foi conhecimento minucioso do auxiliar-técnico de Tite, o gaúcho Cléber Xavier, sobre o time da Rússia, adversário do Brasil nesta sexta (23).
Sempre que os jornalistas russos faziam questionamentos sobre as virtudes da equipe local, Cléber era designado para responder. E mostrou estar muito bem informado sobre tudo que o adversário da Seleção pode apresentar no amistoso das 13h (horário de Brasília), no Estádio Luzhniki, em Moscou.
—Eu cubro Seleção há 30 anos e nunca vi nada igual - disse um jornalista brasileiro.
— Ele fala da Rússia como quem fala da Alemanha - completou outro cronista.
Questionado sobre quem mais lhe chama atenção no time da Rússia, Cléber Xavier deu uma verdadeira aula.
— O (atacante) Smolov é um pivô com finalização média e curta muito forte. Ele têm muitos gols nesses jogos recentes. O (volante) Golovin chama muita atenção pela qualidade de condução, armação e finalização com os dois pés. É um menino que hoje para mim é um dos destaques da equipe. O Miranchuk é um atacante efetivo e que tem participado muito. E tem também a experiencia do Akinfeev, goleiro seguro, que tem boa saída do gol e um bom jogo com os pés - explicou Cléber.
Mesmo com as lesões, dos zagueiros Dzhikiya e Vasin, o auxiliar de Tite espera a Rússia com cinco defensores e jogando no contra-ataque.
— A perda dos dois zagueiros fere muito a situação da continuidade. Foi o único setor russo que teve uma continuidade. Mas acredito que eles virão com uma linha de cinco baixa. Eles têm jogadores com uma característica de marcação e chegada, como o Glushakov e o Zhirkov (meias). A Rússia tem uma transição entre defesa e ataque muita rápida. É um time que estamos atentos - completou, encantando os jornalistas presentes.