A Copa do Mundo de 2018, na Rússia, já conhece 23 dos seus classificados. Ainda restam três vagas na Eliminatória africana, e as outras seis seleções sairão das repescagens. São dois playoffs intercontinentais — América do Sul contra Oceania e América do Norte, Central e Caribe contra Ásia — e quatro repescagens internas na Europa. Confira os confrontos que ocorrerão de 9 a 15 de novembro.
Eliminatórias intercontinentais
Honduras x Austrália (10 e 15 de novembro)
A seleção hondurenha conseguiu a classificação para a repescagem nos últimos momentos das Eliminatórias da Concacaf ao ultrapassar os Estados Unidos com uma vitória sobre o México na última rodada. O destaque é Romell Quioto, autor de seis gols nas Eliminatórias e que atua no Houston Dynamo, da MLS. A seleção hondurenha tenta ir ao Mundial pela terceira vez consecutiva depois de ter ficado fora de seis Copas.
A Austrália, que se mudou para as Eliminatórias asiáticas antes da Copa de 2010, precisa da repescagem pela primeira vez desde então — algo que era comum com os "Soceroos" jogavam na Oceania, o seu continente de origem. Depois de ficar atrás de Japão e Arábia Saudita no Grupo 2 da fase final da Eliminatória, a Austrália precisou vencer a Síria em uma pré-repescagem para continuar com chances. Mesmo com 37 anos, Tim Cahill ainda é o craque do time. O jogador do Melbourne City, que já passou pelo Everton, fez 11 gols nas Eliminatórias.
O jogo de ida será no Estádio Olímpico Metropolitano, em San Pedro Sula. A volta será no ANZ Stadium, em Sydney.
Nova Zelândia x Peru (11 e 15 de novembro)
O Peru corre contra o tempo para ter uma chance de contar com o seu principal jogador. Pego em um exame antidoping, o centroavante Paolo Guerrero, do Flamengo, corre sério risco de não poder jogar. O atacante foi o artilheiro peruano nas Eliminatórias sul-americanas, com seis gols. O Peru ficou em quinto lugar, à frente de Chile, Paraguai e Equador. A seleção peruana também aposta em Édison Flores e Christian Cueva para ir ao Mundial pela primeira vez desde 1982.
A Nova Zelândia foi campeã da única Eliminatória continental que não dá uma vaga direta ao Mundial, a Oceania. Depois de dominar a fase de grupos na chave com Nova Caledônia e Fiji, os neozelandeses não tiveram trabalho para derrotar as Ilhas Salomão na final. A Nova Zelândia conseguiu se classificar para o Mundial de 2010, mas tenta voltar à Copa depois de ficar de fora na Copa de 2014, no Brasil. A modesta seleção tem Chris Wood, que atua no Burnley, como sua principal peça.
O jogo de ida será no Westpac Stadium, em Wellington. A volta é no Estádio Nacional de Lima.
Eliminatórias europeias
Irlanda do Norte x Suíça (9 e 12 de novembro)
Os norte-irlandeses tiveram uma boa campanha na fase de grupos, com 19 pontos, mas ficaram atrás da imbatível Alemanha. Por isso, ficaram na repescagem. Os destaques na fase de grupos foram Kyle Lafferty e Josh Magennis. O país não vai a um Mundial desde 1986.
A Suíça batalhou com Portugal até a última rodada, mas uma derrota fora de casa para os lusos colocou os suíços na repescagem. O artilheiro foi Seferovic, com quatro gols. A seleção suíça também conta com Shaqiri. O país foi ao Mundial nas últimas três edições em sequência e chegou às oitavas de final em 2006 e 2014.
O jogo de ida será no Parque de Windsor, em Belfast. A volta é no St. Jakob-Park, na Basileia.
Croácia x Grécia (9 e 12 de novembro)
A Croácia também brigou até a última rodada, mas perdeu a vaga direta para a Islândia. A seleção croata é liderada pelo astro Mario Mandzukic, da Juventus. Depois de um expressivo terceiro lugar em sua estreia, em 1998, a Croácia até chegou ao Mundial em três das últimas quatro edições — à exceção de 2010 —, mas nunca mais passou da fase de grupos.
A Grécia ficou distante da Bélgica no grupo e precisou golear Gibraltar na última rodada para se garantir na repescagem. Campeões europeus em 2004, os gregos chegaram às oitavas de final em 2014 e buscam disputar a Copa pela terceira vez seguida depois de ter apenas uma aparição até 2010. O craque do time grego é Konstantinos Mitroglou, do Olympique de Marselha.
O primeiro jogo será no Estádio Maksimir, em Zagreb, e o segundo é no Estádio Karaiskákis, em Pireu.
Dinamarca x Irlanda (11 e 14 de novembro)
A Dinamarca ficou atrás da Polônia em um grupo sem grandes forças do futebol europeu. O destaque é Christian Eriksen, autor de oito gols na primeira fase. Os dinamarqueses tentam voltar ao Mundial depois de ficar de fora em 2014. O melhor resultado histórico foi uma classificação às quartas de final em 1998, quando acabou eliminada pela Seleção Brasileira.
A Irlanda passou trabalho e precisou vencer o País de Gales fora de casa na última rodada para chegar à repescagem, atrás da Sérvia, que ficou com a vaga direta. Os irlandeses não vão a uma Copa do Mundo desde 2002, quando chegaram às oitavas de final na Coreia do Sul e Japão. O meio-campista James McClean, do West Bromwich, é o destaque.
A ida é no Estádio Parken, em Copenhague, e a volta é no Aviva Stadium, em Dublin.
Suécia x Itália (10 e 13 de novembro)
O confronto de mais peso na repescagem é entre suecos e italianos. A Itália ficou atrás da Espanha no Grupo G e, por isso, não conseguiu a vaga direta. A tetracampeã mundial tenta evitar a quebra de uma das mais longas sequências de participações em Copas — a última ausência foi em 1958, na Suécia. O destaque italiano nas Eliminatórias foi Immobile, que marcou seis gols.
A Suécia, vice-campeã em 1958, tenta voltar a disputar um Mundial depois de duas ausências consecutivas. Na última participação, em 2006, chegou às oitavas de final. A Suécia ficou atrás da França na fase de grupos, mas conseguiu superar a Holanda para pelo menos ter a chance na repescagem. Marcus Berg, que atualmente atua no Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, marcou oito vezes nas Eliminatórias.
O primeiro encontro será na Friends Arena, em Solna. O segundo será no Giuseppe Meazza, em Milão.