Se Neymar é uma das esperanças do Brasil para a conquista do hexa na Copa do Mundo, do lado de fora também há craque. Convocado, pronto, e o melhor, já concentrado na reformada Granja Comary, no Rio de Janeiro. Trata-se do chef da Seleção, Jaime Maciel, 57 anos. Gaúcho de Santiago, mas morador de Gravataí há mais de uma década, o cozinheiro acompanha há Seleção há 19 anos, em inúmeras competições internacionais, incluindo as categorias de base.
No ano passado, fez parte da delegação vencedora da Copa das Confederações. À espera da chegada da delegação, prevista para se apresentar na próxima segunda-feira, Jaime não esqueceu de levar para o Rio o combustível das conversas com Felipão: a erva mate. Responsável pelo chimarrão do técnico, o chef levou na bagagem 15 quilos, além, é claro, da cuia, bomba e a mateira.
Em função da Copa ser realizada no Brasil, Neymar e as demais estrelas brasileiras ganharão algumas regalias. Por exemplo, nas partidas em São Paulo, Fortaleza Brasília ganharão pratos típicos da região no primeiro dia. Apesar de que no cardápio alguns itens não podem faltar como arroz, feijão, carne vermelha, carne branca, peixes e saladas. Sem contar as preferências individuais. Neymar é fã do nhoque a bolonhesa de Jaime, Oscar prefere peixes, Julio Cesar ataca no strogonoff. A dupla de zaga titular David Luiz e Tiago Silva faz tabela com carne de panela e carne assada.
Se sentindo um privilegiado por novamente trabalhar com a Seleção e pela primeira vez numa Copa no Brasil, Jaime diz que a expectativa é tão boa quanto no ano passado. Apesar das quase duas décadas a serviço da CBF, ele admite que, novamente, o frio na barriga está presente, desaparecendo à medida que chegarem os integrantes da nova "Família Scolari".
- Me sinto muito feliz pela oportunidade, mas não deixa de ser uma responsabilidade grande ser o cozinheiro do Brasil - afirmou o chef da Seleção, que espera voltar para casa, em julho, com a taça.