Orejuela segue com o futuro indefinido. Depois de um desacerto com o Grêmio, que pretendia comprá-lo, o Cruzeiro ofereceu o lateral-direito ao rival Atlético-MG. No entanto, também não é certo que o colombiano desembarque na Cidade do Galo.
Apresentado como novo diretor-executivo atleticano nesta sexta-feira (8), Rodrigo Caetano desconversou sobre o interesse no jogador, que, segundo a imprensa mineira, tinha sua contratação praticamente encaminhada pelo antigo dirigente Alexandre Mattos.
— Nós estamos planejando e discutindo. Já tivemos uma reunião com o (Jorge) Sampaoli e comissão técnica no sentido de planejar 2021, e não o final da temporada de 2020 que está findando. Daqui até lá, temos de apoiar o atual grupo. Esse tipo de projeção da temporada que inicia tem de ser de forma silenciosa para não desviar o nosso foco, que é a busca do título. Então, não tem nenhum nome neste momento, e todo qualquer tipo de projeção será de economia interna — destacou o ex-dirigente colorado.
Apesar da resposta pouco definitiva, Caetano deu um indicativo ao citar o limite de cinco estrangeiros, imposto pela CBF. Atualmente, o elenco atleticano possui seis atletas nascidos fora do Brasil: o zagueiro Júnior Alonso (paraguaio), os meias Zaracho (argentino), Alan Franco (equatoriano) e Dylan Borrero (colombiano), e os atacantes Eduardo Vargas (chileno) e Savarino (venezuelano).
— Todos nós sabemos que só podemos inscrever cinco estrangeiros por súmula. Eu vivi muito isso lá no Sul, onde até por uma questão cultural e de proximidade com a fronteira, a dupla Gre-Nal sempre teve um número elevado de estrangeiros. Eu entendo que você tem que disponibilizar essa vaga para aqueles jogadores que realmente possam ser mais decisivos. Você pode até ter seis, porque na Libertadores esse número é liberado, mas nas competições nacionais, não. Então, vamos ter que equilibrar isso. Você pode mirar o mercado sul-americano, mas sabedor de que o critério na busca por eles tem que estar em um sarrafo acima, para que não tenhamos jogadores sem atuar. Já conversamos sobre isso, e o próprio Sampaoli é ciente de que temos de trabalhar mirando jogadores brasileiros, respeitando o limite de estrangeiros — declarou o dirigente.
O empréstimo de Orejuela ao Grêmio se encerrou no dia 31 de dezembro. Quando contratou o lateral, o Tricolor firmou um contrato que lhe dava a opção de compra de 50% dos direitos econômicos por 3,5 milhões de euros (R$ 22 milhões). Deste valor, 150 mil euros (R$ 945 mil) seriam deduzidos do que havia sido pago pelo empréstimo.
O Grêmio chegou a acertar a contratação por R$ 18 milhões parcelados. Porém, o Cruzeiro, dono dos direitos do atleta, mudou o modelo do negócio, exigindo que o valor fosse depositado à vista e não mais diluído. Com isso, a diretoria gremista recuou da negociação, apesar do pedido do técnico Renato Portaluppi para que ele fosse adquirido.