A semana que passou foi de 6 pontos em dois jogos, e de significados importantíssimos para a Maior e Mais Fiel. A vitória de 2 a 0 contra o Paraná, na terça passada, foi contra um postulante à Série A em 2018 em um Bento Freitas lotado como nos velhos tempos devido, principalmente, a uma inteligente e providencial medida da direção xavante de baixar o preço do ingresso. O Bento Freitas vibrante e cheio como em décadas passadas significou muito. Afinal, quem conheceu o Bento Freitas desse jeito virou xavante apaixonado, independente se conheceu o caldeirão criança, adolescente ou adulto. Aliás, mil perdões "xavante apaixonado" é uma redundância, eu sei...
O outro fato positivo da semana e carregado de simbolismo foi a vitória - para mim surpreendente - sobre o Paysandu por 3 a 2, lá no acanhado, mas quente, Estádio da Curuzu. Pressenti nas redes sociais que iríamos vencer. Não por ser Mãe Dinah ou coisa parecida. Pode parecer bobagem, mas quando vi o meu time entrando em campo com o fardamento que me magnetizou ainda menino lá no Bento Freitas - camisa vermelha, calção preto e meia vermelha - senti que algo muito especial estava reservado para os 90 minutos. Cheguei a falar para mim mesmo num impulso saudosista: "já estamos metendo respeito no hino com esse fardamento!"
Por que digo "vitória surpreendente? jogo fora de casa, no outro extremo do país e com desfalques. O cenário perfeito para a sofrência. Mas não foi o que se viu. O xavante levou bem o jogo no primeiro tempo em água morna até fazer o gol. Aos 23 minutos, Ednei cobra falta, a bola engana goleiro Emerson e entra. 1x0. Aí, o time da casa foi para cima, mas só conseguiu o empate no último lance do primeiro tempo, também na bola parada. Na cobrança de falta, Bergson de cabeça deixou tudo igual. 1x1.
No segundo tempo, a redenção de um atacante que estava caindo em desgraça com o povo xavante. Cassiano guardou dois cocos. Aos 16 minutos, Misael cruzou da esquerda e Cassigol dividiu com o marcador e guardou. 2x1. O Paysandu pressinou bastante no segundo tempo, mas sem qualidade nas conclusões. Aliás, Carlos Eduardo jogou todo o segundo tempo na meta xavante e muito bem. Pitol teve uma treta e foi gentilmente "convidado" por Clemer a esfriar a cabeça.
A sorte esteve com o Brasil. No momento de maior pressão do time da casa, um problema em parte dos refletores do estádio parou o jogo por 15 minutos. Parada solicitada pelo Brasil, diga-se de passagem. Na volta do jogo, Cassigol pegou a bola livre na frente de Emerson e ampliou, 3x1. O Paysandu ainda descontou nos acréscimos com Juninho.
Chegamos aos 45 pontos e praticamente demos adeus ao risco de rebaixamento. Acabou o campeonato, então? Longe disso! Quanto melhor a classificação final, mais grana da CBF e vaga na Copa do Brasil. ( junto com o nosso irmão índio Aimoré.) Portanto, foco nessa reta final, e Bento Freitas lotado de novo amanhã (14) contra o ABC.! Avante!