Até a última segunda-feira (10), quando foi demitido pelo São Paulo, José Mário Campeiz era o preparador físico responsável por Cueva. Ele admite que, há três meses, o peruano voltou de lesão muscular antes do tempo para atuar na semifinal do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, e no mata-mata da Copa do Brasil diante do Cruzeiro. Mas garante que a má fase atual do camisa 10 é apenas por questões técnicas.
– Quando ele teve aquela lesão na seleção, ficou quase 30 dias parado e, como acontece com todos que passam por isso, é lógico que sua performance física caiu. Em comum acordo, a comissão técnica optou por colocá-lo porque eram partidas decisivas, mesmo sabendo que ele necessitava de um tempo maior de preparo e não estava no melhor de sua condição física. Mas ele já recuperou a forma física. Agora, o problema dele é mais técnico – disse Campeiz à Rádio Globo.
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Ao lado de Wellington Nem, Cueva foi o mais xingado pela torcida que foi ao Morumbi no empate por 2 a 2 diante do Atlético-GO, lanterna do Campeonato Brasileiro, nesta quinta-feira. Pesa contra o peruano ainda o episódio de ter se recusado a ir para a Vila Belmiro para ficar na reserva na derrota para o Santos, no domingo.
O camisa 10 caiu muito de rendimento desde março, pouco após ganhar aumento e renovar seu contrato até 2021. Dirigentes chegaram a apontá-lo internamente como jogador à espera de uma oferta, que ainda não chegou, e o próprio já relatou desejo de sair. Ainda assim, ganha a confiança do técnico Dorival Júnior para ser o principal responsável pela armação do time e bateu a falta que gerou o gol de Pratto no empate dessa quinta.
Já Campeiz foi demitido na segunda, em reformulação na comissão técnica que teve também as dispensas do técnico Rogério Ceni, de seus auxiliares estrangeiros (o inglês Michael Beale e o francês Charles Hembert), do preparador de goleiros Haroldo Lamounier e até de Pintado, que era auxiliar permanente e foi afastado pela diretoria. Mas Campeiz entende a opção de privilegiar Celso Rezende, preparador físico trazido por Dorival, e até as críticas de conselheiros ao seu trabalho.
– As críticas só me motivam a trabalhar mais. Respeito a opinião dos conselheiros, o emocional está sempre acima de tudo no futebol, mas não vi nada ruim na parte física. Pelo contrário. Contra o Atlético-GO, se não me engano, o time teve mais de 70% de posse de bola, várias finalizações e jogou praticamente o tempo todo no campo do adversário – defendeu-se Campeiz.
*LANCEPRESS