O São Paulo comunicou, no início da noite desta segunda-feira, a saída do técnico Doriva, que estava no cargo há cerca de um mês. O treinador não resistiu à derrota para o Cruzeiro por 2 a 1, no último domingo, e deixou o cargo com apenas sete jogos: quatro derrotas, duas vitórias e um empate. Ele foi contratado pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo após denúncias de corrupção.
Também no Twitter, a assessoria de imprensa do treinador publicou uma frase dele comentando a demissão. Cita o diretor-executivo Gustavo Oliveira, que retornou ao clube após a entrada de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na presidência.
"Gustavo me disse que queria criar um fato novo no São Paulo. E por isso fui demitido", escreveu o técnico.
O São Paulo informou que o coordenador-técnico Milton Cruz dirigirá o time até o fim do ano. Na quinta colocação no Brasileiro, com 53 pontos, o São Paulo ainda briga pelo G-4 no Campeonato Brasileiro. O quarto colocado, o Santos, tem 54 pontos.
Doriva foi contratado para substituir o técnico Juan Carlos Osorio, que aceitou proposta para dirigir a seleção do México. A contratação foi feita por Aidar pouco antes da renúncia e quando a diretoria havia sido destituída. Quem o contratou foi o gerente-executivo José Eduardo Chimello, que também já foi demitido por Leco.
Os resultados também não ajudaram. Doriva estreou na derrota de 2 a 0 para o Fluminense. Caiu nas quartas de final da Copa do Brasil com duas derrotas de 3 a 1 para o Santos, em que ficou marcada sua escalação ofensiva no jogo da volta, na Vila Belmiro, com Ganso, Michel Bastos, Alan Kardec, Luis Fabiano e Pato. Foi criticado internamente.
O treinador também não conseguiu reagir no Brasileiro. Venceu Coritiba (2 a 0) e Sport (3 a 0), mas empatou com o Vasco (2 a 2) e perdeu para o Cruzeiro (2 a 1) no último domingo. Não pegaram bem também suas críticas a Osorio, seu antecessor. Doriva disse que o time não era compactado.
* Lancepress