Ser figurante na Libertadores é tudo o que a torcida do Grêmio não deseja. Ela sente-se incomodada com a possibilidade da repetição da frustração de 2013 e 2014, quando a etapa de oitavas de final foi o limite da equipe.
A ambição dos torcedores bate direto no orçamento do clube. Romildo Bolzan Júnior foi claro quando deu início ao projeto de enxugamento financeiro. Avisou que a missão não estará concluída antes de dois anos. Talvez avance na próxima gestão, da qual ele deverá ser o titular, caso a oposição não apresente uma candidatura forte.
A pergunta é objetiva: como contratar bons reforços sem dinheiro? Boa parte dos recursos será usada para a manutenção do volante Maicon. De onde virão os recursos para trazer aquilo que a torcida mais sonha, um goleador? Jogo após jogo, fica clara a dificuldade de finalização dos atuais atacantes.
A capacidade de endividamento é pequena. Por mais criativos que sejam os dirigentes, as opções de mercado baratas são escassas. Eis o problema que se coloca no caminho de Bolzan e sua equipe.
Plano depende da vaga
Caso não volte à Libertadores, o Inter se entregará de corpo e alma à conquista do Gauchão, no primeiro semestre de 2016. A Primeira Liga ficará de lado e será disputada com uma equipe desfigurada. O Hexa regional é considerado um troféu importante, uma vez que o clube não conquista seis títulos seguidos desde 1974 – o trampolim para o histórico Octacampeonato, dois anos depois.
Para isso, investimentos serão feitos: atacantes e laterais serão contratados com certa urgência. Um treinador, também, ao que tudo indica. Mesmo em uma temporada de reestruturação financeira, o balanço colorado até setembro aponta para um faturamento de R$ 237 milhões, com crescimento de 47,8% na arrecadação do clube. Parte desse dinheiro será utilizada para a reformulação do time. Mesmo que o Inter não volte à Libertadores, o projeto é montar a equipe para o ano inteiro ainda no verão – e, possivelmente, com um ou dois grandes nomes.
*ZHESPORTES