*LANCEPRESS
Em julgamento que durou mais de duas horas, nesta segunda-feira, o TJD-SP negou o pedido do Palmeiras para que a pena do atacante Dudu fosse reduzida. O Tribunal manteve os 180 dias de suspensão no artigo 254-A, por agressão (empurrão no árbitro Guilherme Ceretta de Lima na final do Paulistão deste ano), e ainda aplicou mais uma partida de gancho no artigo 258, por desrespeito ao árbitro (xingamentos a Ceretta). Como a punição foi aplicada em dias, passa a valer imediatamente, e não apenas no próximo Estadual.
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Agora, o Palmeiras tem três dias para recorrer ao Pleno do STJD, última instância possível para o caso. Feito isso, o efeito suspensivo deve ser concedido imediatamente, já que desta vez não precisará de análise prévia. É provável, portanto, que Dudu esteja livre já para enfrentar o Vasco, domingo, em São Januário, pela 15ª rodada do Brasileirão, e que siga à disposição até a data do último julgamento.
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O clube tem a opção de pedir que o Tribunal desqualifique a denúncia de agressão para ato hostil, cuja pena varia de uma a três partidas. Nesta segunda-feira, essa solicitação não foi atendida. Foram sete votos pela manutenção da pena e dois para ganchos mais brandos.
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Outra opção é pedir que a pena diminua pela metade. Como Dudu já cumpriu 15 dias, seriam mais 75 dias fora de combate. Neste caso, se adicionaria multa ou serviços sociais.
O julgamento
Ao contrário do primeiro julgamento, em maio, Dudu não foi à sede da Federação Paulista nesta segunda-feira. De acordo com André Sica, advogado do Palmeiras, não levá-lo ao local foi uma decisão da comissão técnica e do presidente Paulo Nobre, sob a justificativa de que o caso está deixando o atleta muito abalado.
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Em sua defesa, Sica citou casos semelhantes que tiveram penas mais brandas. Um deles foi o de Petros, ex-Corinthians, que inicialmente foi punido com 180 dias de gancho por empurrar o árbitro Raphael Claus, mas depois teve a pena modificada para três jogos de gancho. O advogado reclamou da diferença de critérios em julgamentos envolvendo o Palmeiras em outros clubes e foi repreendido por se manifestar com "emoção".
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O auditor Wladimir Cassini, um dos dois que votaram pela diminuição da pena, ainda roubou a cena com um longo discurso em que insinuou que mulheres não entendem tanto de futebol e até criticou o zagueiro Thiago Heleno, ex-Palmeiras e hoje no Figueirense, que havia sido citado por Sica por ter recebido pena menor em um caso de empurrão no árbitro.
- Ainda bem que o Thiago Heleno saiu do Palmeiras, não deveria ter contratado - disse.
Multa é reduzida
Na ocasião do primeiro julgamento de Dudu, o Palmeiras havia sido multado em R$ 48 mil pelo atraso de 16 minutos na entrada em campo para a final (R$ 3 mil por minuto). Após reclamação de André Sica, essa multa foi reduzida para R$ 16 mil (R$ 1 mil por minuto).
- Há um desconforto pela forma como o caso tem sido conduzido. O clube toma uma multa de R$ 48 mil, cobrando-se R$ 3 mil por minuto, sendo que o comum é R$ 1 mil - reclamou o advogado, antes da mudança da pena.