Fala-se, com justiça, no renascimento de Barcos, na confiança retomada por Kleber e no desempenho crescente a partir da repetição do esquema com três zagueiros. Ramiro, o volante sem grife que tem ferramentas para ser o substituto de Fernando, já recebeu destaque. Mas há outro nome crucial nesta ascensão que nesta quarta-feira terá teste difícil na Vila Belmiro, contra um Santos que busca na Copa do Brasil a salvação de 2013. Trata-se do zagueiro Rhodolfo.
A adoção e consolidação do 3-5-2 passa por ele. Renato só escolheu este modelo tático quando teve Rhodolfo, a partir do Gre-Nal. Após a contratação de Cris, que revelou-se uma das piores da história do Grêmio, a direção pode festejar um acerto com as atuações do reforço recém-chegado. Ele tem estatura para a bola aérea e bom passe, além de velocidade na cobertura e na antecipação. Não é assim um Aírton Pavilhão, um Ancheta, um Hugo de León, mas dá conta do recado. Organizou a defesa atuando na sobra.
Se um dia Renato abrir mão dos três zagueiros, pelo que vem jogando, Rhodolfo é que não sai.
Atenuantes
Sobre a empatite que puxa o Inter para baixo na tabela, fala-se pouco de duas atenuantes. A primeira é o jogo atrasado com o Santos, já que a distância para o G-4 é de três pontos. A outra é o retrospecto de antes das cinco rodadas de jejum: quatro vitórias seguidas. O time é o mesmo. O Inter acumulou gordura, embora a cada patinada o estoque a queimar diminua.
Números
- Dida é o terceiro goleiro com mais defesas do Brasileirão. São 49, atrás de Wilson, do Vitória (62), e Vanderlei, do Coritiba (69).
- Willians, com 62 desarmes, é o segundo ladrão de bola, perdendo apenas para Ralf, do Corinthians (70).
- Kleber segue sendo o mais caçado: sofreu 59 faltas, contra 51 de Max Bianccuchi, do Vitória.
- DAlessandro acertou 39 dribles, contra 40 de Osvaldo, do São Paulo, e 44 de Vitinho, do Botafogo.
Os números são do Footstats.
Mais de mil
Um dos motivos que explica o alto número de chapas inscritas para a renovação de 50% do Conselho Deliberativo do Grêmio é a redução da cláusula de barreira, de 30% para 20%. Os movimentos internos, sobretudo os pequenos e médios, confiam em garantir representação no colegiado sem alianças e, portanto, sem abrir mão deste ou daquele ponto de vista.
Fábio Koff tentou unificar a situação, mas seus aliados se dividiram em duas chapas, uma delas tendo Danrlei e Luiz Carlos Silveira Martins como apoiadores. A oposição se concentra na aliança liderada pelo Grêmio Novo, de Eduardo Antonini, e na capitaneada pelo Grêmio Independente, de Homero Bellini Jr., candidato a presidente contra Koff e Paulo Odone no ano passado.
Será uma campanha de grandes proporções. Somando 150 titulares e 30 suplentes por chapa, dá 1.260 candidatos. A eleição acontece no dia 28 de setembro. É primeira na Arena e com voto por correspondência no Grêmio.