Após o presidente Jair Bolsonaro assinar nesta quarta-feira (8) um termo de cooperação com o objetivo de levar as provas da Fórmula-1 para o Rio de Janeiro, a Prefeitura de São Paulo afirmou que seu contrato para realizar o GP de Interlagos vai até 2020 e que tem a intenção de renová-lo.
"Já estão ocorrendo as tratativas para renovação ainda em 2019. Além disso, o Autódromo de Interlagos é o único do Brasil que possui certificação para realizar a prova de F-1", disse a prefeitura paulistana por meio de nota.
Pouco antes, em evento no Rio, Bolsonaro afirmou que o novo autódromo, que ainda será construído em uma área do Exército em Deodoro, receberá a prova já a partir do ano que vem.
— A direção da F-1 resolveu, após a eleição do ano passado, tendo em vista quem foi eleito na região que interessava para eles, resolveu manter a possibilidade de termos a F-1 no Brasil. São Paulo, como havia participação pública, uma dívida enorme, tornou-se inviável a permanência da F-1 lá. Vieram para o Rio de Janeiro. O autódromo será construído em seis, sete meses após o início das obras. De modo que, por ocasião da F-1 do ano que vem, ela será no Rio de Janeiro — disse Bolsonaro.
Atualmente, nenhum país sedia mais do que uma prova por ano na categoria. Isso já ocorreu no passado, por exemplo, com Alemanha e Espanha — e uma das etapas era chamada de GP da Europa.
O primeiro GP Brasil foi realizado em 1972, em Interlagos. Nos anos 1980, a prova se mudou para o Rio de Janeiro, no autódromo de Jacarepaguá, onde ficou até 1989. No ano seguinte, voltou para Interlagos, onde permanece até hoje.
A reportagem procurou a organização do GP Brasil e a F-1 e aguarda um retorno.