O GP do Brasil será disputado neste final de semana, em Interlagos, e a estratégia dos pneus poderá ser chave para as equipes buscarem a vitória. No ano passado, Sebastian Vettel, da Ferrari, chegou na frente. Mas a marca que ficou foi de Max Verstappen: ele quebrou o recorde oficial da pista, que pertencia a Juan Pablo Montoya desde 2004.
O holandês cravou a melhor volta em 1min11s044 com a Red Bull Renault, e a expectativa é de que os pilotos consigam andar na casa de 1 minuto e 10 segundos no próximo final de semana, já que houve a evolução dos carros e também dos próprios pneus nesta temporada.
Gerente mundial de Motorsport da Pirelli, Mario Isola explica a diferença dos pneus desta edição do GP do Brasil em relação aos de 2017.
– A única novidade é que estamos trazendo uma nomeação um degrau mais macia. Os atuais médios e macios são equivalentes, respectivamente, aos macios e supermacios do ano passado. Já o supermacio deste ano, o pneu mais macio que selecionamos para este fim de semana, é similar ao ultramacio de 2017, que não veio para o Brasil na ocasião. Assim, esse pneu está efetivamente fazendo sua estreia em Interlagos – diz Isola.
O circuito de Interlagos possui a terceira volta mais curta do calendário da Fórmula 1 (4,3 quilômetros), maior apenas do que as pistas de Mônaco (3,3 quilômetros) e do México (4,3 quilômetros). Isso significa que os pneus estão sempre trabalhando em sequências de curvas e muito tráfego, sendo que o pneu traseiro direito é o mais exigido, graças ao layout anti-horário do traçado.
– Lidar com o tráfego e correr fora da linha são sempre importantes aspectos para administrar a corrida no Brasil. Devido às altas cargas de energia gerada pelas curvas velozes e a temperatura possivelmente alta, a degradação será outro fator para ser levado em conta, apesar de não esperarmos que ela seja excessiva em circunstâncias normais – complementa o dirigente da Pirelli.