A equipe Mercedes forneceu mais explicações sobre a decisão estratégica que "abriu a porta" para a Red Bull vencer o Grande Prêmio da China de Fórmula-1.
Durante um safety car na corrida de Xangai, a Red Bull optou por colocar os pneus macios nos carros de Max Verstappen e Daniel Ricciardo. Mas a Mercedes deixou Lewis Hamilton – que estava em quarto lugar entre os pilotos da equipe austríaca – em seu composto médio e já desgastando. Ricciardo acabou vencendo a corrida, com Hamilton apenas em quarto.
James Vowles, estrategista da Mercedes, apoiou a opinião do chefe de equipe, Toto Wolff, de que a primeira metade da corrida sugeria que, a diferença de pneus não seria significativa o suficiente para justificar uma parada.
"A situação em toda a corrida naquele momento era que os carros não estavam ultrapassando mesmo quando havia uma diferença no composto de pneus entre eles. A diferença entre compostos não estava funcionando", disse Vowles no comunicado divulgado em vídeo pela Mercedes.
O estrategista também falou que, o foco da Mercedes era em quantas posições Hamilton poderia perder com um pit-stop.
"Sob essa condição de carro de segurança, sempre revemos quantas posições podemos potencialmente ganhar e quantas posições podemos perder", diz Vowles.
"Então, primeiro de tudo, o que teríamos ganho? Verstappen à frente, sabíamos que havia uma chance de eles (Red Bull) virem com o safety car, o que colocaria Lewis de volta ao pódio, se pudéssemos levar ele com os pneus médios para o final da corrida e defender-se contra os carros atrás de nós", explicou o estrategista.
Vowles também admitiu que a Mercedes não esperava que os pneus macios fossem tão rápidos no final da corrida: "Quando expusemos todos os fatos sobre a mesa, não acreditamos, com base nas evidências anteriores, que haveria diferencial de desempenho suficiente para um (pneu) macio ultrapassar um médio, mesmo um com 10 voltas de diferença (de desgaste)", revelou James Vowles, estrategista da Mercedes.