A Ferrari ameaçou sair da Fórmula-1, a menos que as condições pós-2020 sejam favoráveis, depois que a nova dona da categoria, Liberty Media, e o órgão controlador, a FIA, apresentaram propostas para o próximo ciclo de motores.
A Liberty está trabalhando em vários planos para aumentar o envolvimento da F-1, incluindo a redistribuição de receitas, para ajudar as equipes menores e tornar a unidade de potência de 2021 mais simples, mais barata e mais forte.
A Ferrari esteve envolvida na F-1 desde o nascimento do campeonato em 1950, acumulando 15 títulos de pilotos, 16 títulos de construtores e 227 vitórias em quase 1000 largadas. No entanto, em meio as mudanças propostas pela Liberty, e antes de um encontro com os líderes da F-1 na terça-feira, o presidente e CEO da Ferrari, Sergio Marchionne, alertou que a marca poderia reconsiderar sua posição dentro da categoria.
— A Liberty tem algumas boas intenções com isso, um dos quais é reduzir o custo das equipes, o que é bom — disse Marchionne.
— Mas existem coisas com que não concordamos necessariamente. O fato de que agora parece estarmos em desacordo com os termos estratégicos de desenvolvimento, e estarmos vendo o esporte tomar um rumo diferente em 2021, vai forçar algumas decisões por parte da Ferrari. Eu entendo que a Liberty pode ter levado isso em consideração ao apresentar suas opiniões. Mas eu acho que precisa ser absolutamente claro que, a menos que encontremos um conjunto favorável de circunstâncias, cujos resultados serão benéficos para a manutenção da marca no mercado, e para o fortalecimento da posição da Ferrari, a Ferrari não irá participar. O que eu sei é que é (a F1) é parte do nosso DNA desde o dia em que nascemos, então não é como se pudéssemos nos definir de forma diferente. Mas se mudarem o foco até o ponto em que se torne irreconhecível o foco, não queremos mais participar. Não queremos uma Nascar mundial.