Os chefões da Fórmula-1 revelaram detalhes dos planos de motor para 2021 que foi apresentado às equipes nesta terça-feira (31). Os times da F-1 se reuniram com a FIA, o titular dos direitos comercias (Liberty) e com os potenciais novos fabricantes de motor em Paris para discutir os objetivos das novas regras de motor que serão introduzidas na temporada de 2021.
O trabalho continuará por mais 12 meses com os detalhes do nova especificação do motor, e a FIA disse que o projeto e desenvolvimento das novas unidades de potência não serão possíveis até que esse processo seja concluído — garantindo que os fabricantes existentes da F-1 continuem trabalhando em seus motores atuais até o fim de 2018.
A proposta para 2021 inclui manter o atual motor híbrido V6 Turbo de 1.6 litros, mas com um giro mais alto para "melhorar o som".
Para tentar simplificar o Sistema de Recuperação de Energia (ERS), o MGU-H (Motor Generator Unity ou Unidade Motor-Gerador – "H" da palavra "heat", calor em inglês – já que fica preso ao escapamento e transforma os gases da queima em energia para o ERS) será removido e vários parâmetros serão introduzidos para "restringir os custos de desenvolvimento e desencorajar projetos extremos".
Estes incluirão parâmetros internos e externos, com a FIA descrevendo o último como "um mecanismo plug-and-play para troca de motor, câmbio e chassi".
Um único turbo com restrições dimensionais e limites de peso será obrigatório, enquanto uma "unidade de energia padrão" será introduzida junto com controles eletrônicos.
O MGU-K (K de Kinect, energia cinética – unidade ligada ao eixo principal do motor que gira livremente durante as freadas trabalhando como um gerador de energia também acumulada na bateria) será mais poderoso, com foco na "implementação manual do piloto", ou seja, parecido com o antigo KERS (Kinect Energy Recovery System – utilizado pela primeira vez em 2009) quando piloto apertava um botão liberando mais potência durante um determinado tempo.
Este recurso também dará aos pilotos a opção de economizar energia em algumas voltas e aumentar os elementos táticos e estratégicos de cada corrida.
Uma declaração da FIA acrescentou que "durante o final de 2017 e 2018, a FIA e a F-1 também trabalharão com as equipes para estabelecer testes de unidades de potência e restrições de desenvolvimento, bem como outras medidas de contenção de custos".