Histórico. Essa palavra resume o que foi a etapa de Valência, na Espanha, que decidiu a MotoGP nessa temporada. E o título, afinal, ficou com aquele que tinha mais chances de conquistá-lo, o espanhol Jorge Lorenzo, que alcançou o tricampeonato após vencer a prova deste domingo.
Largando na ponta, Lorenzo, da Yamaha, não foi incomodado por seu compatriota da Honda e atual bicampeão, Marc Márquez, que, apesar da pouca distância, apenas o "escoltou" durante todo o trajeto do circuito. Dani Pedrosa, também da Honda, foi o terceiro.
Mas o destaque ficou por conta do italiano heptcampeão e, até então, líder da temporada, Valentino Rossi, da Yamaha. Largando em último por conta de uma punição na etapa anterior, ao derrubar Márquez deliberadamente, o "Doutor" passou dez motos nas duas primeiras curvas e, após 12 de 30 voltas, já era o quarto colocado.
No entanto, essa posição não bastava para o octacampeonato do piloto, que, com a vitória de seu companheiro de equipe, precisava de um segundo lugar. Mesmo que Lorenzo não vencesse, Rossi necessitava de um pódio. Porém, com o tempo perdido para ultrapassar os outros competidores, o italiano não teve forças para alcançar Pedrosa na terceira posição.
A duas voltas do fim, Márquez e Pedrosa passaram a dividir as curvas, brigando pelo segundo lugar no pódio, o que deu uma maior tranquilidade para o líder da prova e, até mesmo, uma certa esperança a Rossi, caso os dois pilotos errassem. Mas, nada mudou, e o vencedor não se alterou.
Com isso, Jorge Lorenzo garantiu o tricampeonato na categoria, interrompendo a sequência de dois títulos seguidos de Marc Márquez, e repetindo seu feito de 2010 e 2012. Na tabela final de pontos, o espanhol ficou com 330 pontos, contra 325 de Rossi, que entrou na corrida final com sete pontos de vantagem.
Nesse ano, o maior vencedor da categoria foi o novo campeão, que somou sete triunfos, contra cinco de Márquez e quatro de Rossi. Pedrosa ainda venceu duas vezes.
*Lancepress