Os cursos de Direito têm, em geral, cinco anos de duração. Com uma concepção generalista, o estudante passa por todas as áreas. Na PUCRS, explica o professor Alexandre Wunderlich, há um pouco mais de ênfase em direito do trabalho, civil, penal e constitucional. Mas também tem administrativo, tributário, fiscal, empresarial. Atualmente, o aluno vai até o final do curso sem uma especialização - que é buscada em uma pós-graduação.
- Há muitas especialidades que o mercado possibilita. Tem gente que é especialista em direito econômico concorrencial. Há 20 anos, quem iria se especializar em direito ambiental? Hoje, é a área que mais cresce no Brasil, indiscutivelmente.
O professor recomenda que os alunos aproveitem a vida acadêmica, indo à biblioteca e vivendo o campus, onde são promovidas atividades diversas diariamente. Na visão de Wunderlich, a internet também está alterando o funcionamento das aulas de Direito. Tradicionalmente baseados na leitura de livros, os encontros não são mais um monólogo, de acordo com o professor:
- Esse acesso rápido a pesquisas pela internet levou a um momento de reencontro de discursos. O debate hoje em aula é diferente. É muito mais fácil recorrer a outros autores com posições que contradizem o que está sendo exposto.
Nos últimos dois anos, destaca, houve um processo de adaptação em que todos os alunos e professores passaram a trabalhar com processo virtual.
Estágios
A maior parte dos estágios é nas áreas civil, do trabalho e penal. Antigamente, o estagiário levava petições ao fórum. Hoje, faz pesquisa jurídica, de jurisprudência, constrói algumas minutas de peças.
- Sempre digo aos alunos para procurarem um estágio em que não sejam um office-boy de luxo, uma oportunidade em que o advogado os receba na sala dele e diga o que fazer, explique como fazer uma petição, um subestabelecimento, que oriente mesmo - diz Alexandre Wunderlich, advogado e professor da PUCRS.
Como muitos órgãos públicos têm estágios, a demanda é bastante grande.
Exame da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promove, periodicamente, exames para conceder aos aprovados a inscrição na entidade. Sem a aprovação, os bacharéis não podem atuar como advogados.
O exame é realizado em duas fases. Primeiro, com uma prova objetiva, depois, com uma prova prática. Na última edição, dos 114.763 candidatos que prestaram a prova desde a etapa inicial, apenas 12.213 (10,6%) foram aprovados.
- É uma prova bem rígida. Depois de passar no exame da OAB, é necessário ter três anos de prática para iniciar uma carreira jurídica por meio de concurso público.
Concursos
Os concursos na área de Direito são numerosos, mas exigem bastante dos candidatos. Há muitos cursos preparatórios, que são uma segunda etapa da preparação do bacharel. Quem pretende buscar uma carreira na Defensoria Pública pode procurar um curso de preparatório da Escola da Defensoria Pública do Estado, por exemplo. Outro fator importante é a titulação. Mestrado e doutorado dão uma pontuação maior ao candidato. Esses títulos também são fundamentais para quem pretende seguir na vida acadêmica, lecionando.
No mercado
A carreira na área do Direito é muito ampla, permitindo tanto a atuação enquanto profissional liberal quanto no serviço público - campo bastante vasto. Na advocacia privada, o bacharel pode abrir o próprio escritório.
No setor público, Wunderlich destaca alguns dos benefícios:
- Não há nenhuma outra profissão que abra um leque tão grande de carreiras públicas como o Direito. As carreiras públicas têm algumas questões de estabilidade muito boas.
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