Quem vive em Porto Alegre sabe que terá de lidar com temperaturas extremas – a média nos termômetros varia de mínimas de 10°C, em julho, a máximas superiores a 30°C, em janeiro, segundo a Climatempo. Por isso, o investimento em ar-condicionado é recorrente. A presença desses aparelhos, porém, é realidade em menos da metade das escolas da Capital.
Conforme o Censo Escolar de 2022, há 1.120 instituições que oferecem alguma etapa da Educação Básica em Porto Alegre, seja na rede pública ou na privada. Entre as 974 que responderam se possuíam climatização em alguma sala de aula, 46,4% disseram que sim.
O maior índice foi entre as privadas, de 64,5%, e o menor foi nas estaduais – dos 244 estabelecimentos da rede respondente, 19 confirmaram ter pelo menos um ambiente climatizado, o que representa um percentual de 7,8%.
Em nível estadual, a oferta de climatização ocorre em menos de uma em cada três escolas. O número pode ser ainda maior, uma vez que, quase 2 mil, das 11,7 mil escolas do RS, não responderam essa parte do formulário. Entre as 9,9 mil respondentes, 6,3 mil – ou 63,6% – relataram possuir pelo menos um ambiente climatizado em suas estruturas.
Assim como em Porto Alegre, o menor percentual de instituições de ensino gaúchas com ar-condicionado ocorre na rede estadual – dos 2.347 estabelecimentos que responderam ao questionamento, 674 (28,7%) contavam com climatização. O maior índice, contudo, foi entre as municipais, de 76,3%, ou 4.846 escolas com espaços com os aparelhos, percentual superior à rede privada do RS, em que 70,9% das 2.683 respondentes informaram ter ambientes climatizados.