Reitores das universidades federais do país estiveram reunidos na tarde desta terça-feira (16) com representantes da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, para conhecerem o programa Future-se, que tem o objetivo de fortalecer universidades e institutos federais. O encontro foi com o secretário da Sesu, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, e com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Ariosto Antunes Culau. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, esteve no local para cumprimentar os representantes das instituições, mas não ficou para a reunião.
Os reitores foram os primeiros a terem acesso à proposta para "aumentar a autonomia financeira" das instituições, mas só receberão o documento completo nesta quarta-feira (17). A reunião, que havia começado por volta das 16h, durou três horas. Uma das fontes ouvidas pela reportagem confirmou que entre as propostas está a possibilidade de cobrança de mensalidade na pós-graduação. Os reitores, porém, foram orientados a não falar sobre o programa após o encontro, pois a divulgação oficial do Future-se ocorrerá nesta quarta.
Pelo menos 62 reitores participarão da coletiva com o ministro, nesta quarta, quando ele apresentará os planos da administração do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para as entidades públicas de Ensino Superior. O encontro ocorrerá durante um café da manhã no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
"Future-se, o nome da libertação das universidades federais", descreveu Weintraub na manhã desta terça (16) em seu perfil no Twitter, destacando que muitos já aprovaram o projeto. O ministro aproveitou para alfinetar os jornalistas: "Será que teremos novamente um tsunami de fake news?"
Weintraub postou esclarecimentos na mesma rede social no último domingo (14), em resposta a rumores de que universidades federais passariam a cobrar mensalidades de seus alunos de graduação: "Dia 17 apresentaremos a reformulação das universidades federais, que continuarão públicas e os estudantes NÃO pagarão pela graduação como hoje. Haverá mais liberdade para pesquisa e trabalho!", afirmou.