O Colégio Metodista Americano de Porto Alegre completa em outubro 130 anos – o que o torna, conforme o historiador Sérgio da Costa Franco, a escola particular mais antiga em atividade da Capital. Desde o final de setembro, a instituição situada no bairro Rio Branco está em comemoração. As atividades seguem até novembro e incluem olimpíadas, um culto na Igreja Metodista Wesley, um estande de memórias no Parcão, a reabertura de dois museus e a Festa da Família, momento de confraternização entre alunos, familiares e docentes.
A história do colégio e a do metodismo no Rio Grande do Sul estão entrelaçadas: a primeira congregação metodista, que deu início à obra da Igreja Metodista Central de Porto Alegre, foi criada no mesmo ano do Americano, em 1885. De acordo com o bispo Luiz Vergílio, essa ligação entre religião e educação esteve presente desde o berço do metodismo, na Inglaterra – para aprender os ensinamentos da Bíblia, as crianças precisavam saber ler.
– O metodismo por si só trabalha com a experiência pessoal, que chamamos de atos da espiritualidade, e a transformação da sociedade, que chamamos de atos de misericórdia. O primeiro tem a ver com a igreja, e o segundo tem a ver com as escolas – afirma o bispo.
Com 1,2 mil alunos de dois a 18 anos, com ensinos Infantil, Fundamental e Médio, o Americano faz parte da Rede Metodista do Brasil, que conta com outras 14 escolas (quatro no Estado). O colégio é conhecido por seu Programa de Educação Bilíngue, existente há cerca de 20 anos, que visa ao aprendizado em português e inglês de alunos do Ensino Fundamental. A diretora Marilice Trentini Oliveira salienta que inovação e tradição andam lado a lado na instituição:
– Nos últimos três anos, tem- se trabalhado com recursos tecnológicos em sala de aula. Professores começaram a utilizar livros digitais, e buscamos inovar em estratégias e metodologias pedagógicas. Mas o entendimento de que escola e família precisam andar juntos se mantém desde sempre.