Referência mundial na área de robótica, o engenheiro elétrico chinês Howard Li, professor da Universidade de New Brunswick, em Fredericton, no Canadá, dedica-se ao desenvolvimento de veículos inteligentes e acredita em um futuro repleto de oportunidades de emprego surgindo a partir das novas descobertas tecnológicas.
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Qual a opinião do senhor sobre o futuro do mercado de trabalho?
A invenção dos computadores modernos criou milhões de empregos com alta remuneração e algumas das melhores empresas do mundo, como Apple, Google e Intel. O desenvolvimento da tecnologia não vai substituir os trabalhadores. Em vez disso, novas tecnologias vão não apenas tornar nossa vida melhor, mas também criar oportunidades para que as pessoas sejam mais bem pagas.
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Há muitas profissões ameaçadas pela robótica?
Em 2015, entre as 10 profissões com os mais altos salários nos EUA, seis estavam relacionadas a computadores. Quando todos precisam de um computador, não perdemos empregos. Novos empregos serão criados para satisfazer as exigências dos consumidores. De modo semelhante, a invenção de robôs criará novos empregos muito bem remunerados. O desenvolvimento de tecnologias robóticas trará benefícios significativos e duradouros à economia, à sociedade e ao ambiente. Os robôs vão ajudar as pessoas com tarefas já existentes e com novas tarefas, de uma maneira mais inovadora e eficiente, minimizando os riscos.
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Quando os robôs e a inteligência artificial ocuparão um espaço maior no cotidiano?
Os robôs já são amplamente utilizados na indústria de manufatura. Para cada 10 mil trabalhadores, existem 295 robôs no Japão, 169 em Cingapura, 163 na Alemanha, 86 nos EUA, 50 na Europa e 32 em outras partes do mundo. Graças ao uso de robôs, fabricar um carro leva apenas de 16 a 20 horas. Nas atividades domésticas, usamos robôs para as tarefas chatas que envolvem sujeira, como aspirar o pó, limpar o chão, podar, limpar a piscina e os vidros. Na assistência a deficientes, há cadeiras de rodas robóticas. Na logística, sistemas de entrega e manejo de cargas. No transporte, carros autônomos. E há também a exploração da Lua e de Marte com robôs.
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Os robôs estarão sempre submetidos a seus operadores? Há limites para a inteligência artificial?
Pesquisadores da academia ainda têm visões diferentes sobre a inteligência artificial. A definição está em evolução. As pessoas achavam que um computador que joga xadrez deveria ser considerado inteligente, mas, desde que os algoritmos e programas de xadrez foram desenvolvidos, não achamos que um computador que joga xadrez é inteligente. Costumávamos pensar que carros autônomos eram robôs inteligentes. Hoje em dia, carros autônomos são apenas mais uma ferramenta que podemos utilizar.