Nada de jaulas. Se depender do Ministério do Ambiente, da Energia e dos Mares da Costa Rica, todos os zoológicos do país serão fechados para dar lugar a jardins botânicos ou reservas florestais abertas a todo e qualquer animal que quiser passear ou viver por lá.
Quanto aos bichos desenjaulados que estiverem muito "habituados" ao sedentarismo do cativeiro, a ideia é enviá-los a centros de recuperação até que possam ser soltos em definitivo.
O projeto deve começar em maio do ano que vem, quando expiram os contratos que o governo mantém com o quase-centenário zoológico Simón Bolívar e o Centro de Conservação Santa Ana, que somam cerca de 400 animais de 60 espécies diferentes. A Fundazoo, organização que administra os dois zoológicos da capital San José, pretende levar o caso para a Justiça, alegando que uma cláusula contratual prevê a renovação do compromisso por mais 10 anos.
A medida deve marcar mais um passo da Costa Rica em sua política ambiental, que na década passada baniu circos com animais e a caça esportiva. O país é lar de mais de 500 mil espécies animais e, apesar de corresponder a apenas 0,25% da massa terrestre da Terra, ostenta 5% da biodiversidade do planeta. O país diminuiu seus índices de desmatamento drasticamente entre 1973 e 1989, praticamente extinguindo o desflorestamento já em 2005.