Após uma tarde de reuniões entre o Sindicato dos Professores Municipais Leopoldenses (CEPROL) e a Prefeitura de São Leopoldo, no Vale do Sinos, não houve formalização de reajuste ou novas propostas capazes de levar as partes a um consenso. Uma manifestação dos professores municipais marcou a terça-feira (2), com a paralisação de docentes de 35 das 50 escolas da rede. A reivindicação é por reajuste salarial acima da inflação, melhores condições de trabalho e novas contratações.
Os profissionais pediam reajuste de 8,45% acima da inflação ao município, mas após recusa da proposta pela prefeitura, propuseram índice menor, de 6%. O município ofertou, em contrapartida, 2% aos professores, mas a proposta foi recusada pela classe. Os professores buscarão apoio do Legislativo de São Leopoldo para gerar "pressão para buscar valorização e condições de trabalho", declara Cristina Mainardi, diretora do CEPROL.
Em nota, o município definiu os atos desta terça como "livre manifestação democrática" e disse estar em negociação permanente com as entidades do funcionalismo. Prefeitura e sindicato confirmaram que nesta quarta-feira (3) as aulas ocorrem normalmente, e que o dia de manifestações vai ser recuperado.
Confira a nota da Prefeitura de São Leopoldo divulgada na manhã de terça-feira:
"Estamos em um período de negociação salarial, e entendemos o ato de hoje como uma livre manifestação democrática, o Governo Municipal está com uma mesa de negociação permanente com as entidades sindicais. Cabe informar que não se trata de uma greve e sim de um dia de paralisação do CEPROL, Sindicato dos Professores de São Leopoldo.
Nesta segunda-feira, em uma nova mesa de negociação, considerando o ano eleitoral e suas restrições, reafirmamos a nossa proposta, de garantia do melhor índice de reajuste da inflação do período no salário e no vale-alimentação. A data base é 10 de abril, quando fecha o índice oficial.
Hoje às 11h a categoria tem assembleia em frente ao Paço Municipal para avaliar a proposta.
Com relação ao dia de paralisação, algumas escolas aderiram parcialmente e outras totalmente, conforme a participação de professores e professoras no ato convocado pelo sindicato. Quanto ao dia letivo, o mesmo deverá ser recuperado através de calendário enviado pelas escolas e homologado pela Secretaria de Educação (Smed), ao final das negociações."