
Os cerca de 500 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Desidério Torquato Finamor estão com as aulas prejudicadas em razão da falta de água. A instituição, localizada no bairro Agronomia, zona leste de Porto Alegre, enfrenta o problema desde a última terça-feira (2). O problema, que segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) é relativo a uma rede interna da instituição, ainda não foi diagnosticado.
A diretora da escola, Rúbia Pezzini, afirma que o abastecimento foi interrompido durante a tarde de 2 de abril. No dia seguinte, as aulas ocorreram normalmente. No entanto, na quinta (4) e na segunda (8) as atividades foram suspensas. Já na sexta-feira (5) e nesta terça-feira, as aulas funcionaram com restrições. Estudantes do turno da manhã saíram às 10h, e os do turno da tarde às 15h.
A liberação é necessária, segundo a diretora, para evitar acúmulo de sujeira no local, já que não está sendo possível fazer a limpeza. Além disso, a falta de água impede que sejam preparadas as merendas dos alunos.
— Isso impacta muito para nossa comunidade porque tem pais, tem alunos que não estão vindo, mesmo sendo o horário restrito até o recreio, não estão vindo porque moram um pouco distante da escola e eles vêm para trazer o aluno cedo, mas. Daí eles teriam que ficar aqui até às 10 horas, então esses pais nem trazem os alunos. Então já tem muita perda de aula e a gente tá bem preocupado — diz a diretora.
Já os pais que conseguem buscar os filhos vivem a incerteza de saber quando o problema será resolvido.
— Eu ainda trabalho por conta, mas tem pais que não. Então no meu caso é mais tranquilo, eu consigo rever os meus horários — afirma o pai de aluno, André de Souza Garcia.
Enquanto isso, a comunidade alega falhas na comunicação para atualizar sobre o problema.
— A gente fica esperando fazer em um grupo, né, que as professoras falaram que vão fazer os grupos pra informar os horários. E até hoje não tem um grupo da turma, daí tem que ficar contando com as outras turmas pra informar — afirma a mãe e dona de casa Maitê Fontoura.
Dmae alega problema interno
A direção da escola afirma ter chamado o Dmae três vezes para resolver o problema. O órgão, por sua vez, diz ter encontrado a escola fechada, impedindo que a vistoria fosse feita. Na manhã desta terça, uma equipe esteve no local e conversou com a reportagem.
O departamento constatou que o relógio, que mostra a pressão da água da rede externa, estava funcionando normalmente, sinalizando que é um problema na rede interna da escola. No entanto, o local onde há a falha ainda não foi identificado. Uma nova equipe deve voltar à instituição durante a tarde para tentar encontrar a origem do desabastecimento. O departamento diz que a responsabilidade para reparar é da própria escola, que deverá comunicar a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) para contratar uma equipe e realizar o conserto. Ainda não há um prazo. GZH entrou em contato com a Seduc e aguarda retorno.