Alunos, professores e funcionários da Escola Estadual de Ensino Médio Emílio Sander, localizada em São Leopoldo, no Vale do Sinos, convivem há quase 10 anos com problemas na rede elétrica. O colégio é abastecido por uma rede de baixa tensão, mas por conta do aumento da demanda de alunos e o atendimento em três turnos, a estrutura não consegue operar de forma correta. Não há uma previsão para que o problema seja solucionado.
De acordo com a direção da instituição, ainda em janeiro de 2014 a rede elétrica foi condenada e a orientação por parte da AES Sul, que fazia a gestão de rede na época, era para que fosse construída uma subestação trifásica. Desde então, o uso dos equipamentos e das salas de aula não acontece de forma plena.
A diretora da Escola Emílio Sander, Hildeburg Buhler, revela que se mais de três computadores são ligados em uma mesma sala, por exemplo, ocorre uma queda na rede da escola. Em dias de muito calor, os ventiladores não podem ser ligados, pois, com a rede fraca, o barulho dos equipamentos atrapalha o andamento das aulas.
— Nosso refeitório não fica em um local com boa ventilação, então, em dias quentes, os alunos fazem as refeições e ficam todos suados. Em sala de aula também fica inviável permanecer. A escola possui três pavilhões e, no último, a rede é tão fraca que o bebedor não tem força para gelar a água. Nosso maior receio é que ocorra algum curto-circuito na escola— desabafou.
Na época em que foi constatado o problema na rede, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) foi notificada. Em 2022, o colégio recebeu recursos dentro do programa Agiliza RS, do governo do Estado, mas o valor não seria suficiente para realizar toda a obra. Por meio de verba de autonomia financeira, foi repassado cerca de R$ 110 mil. A reforma completa da rede elétrica custaria aos cofres da escola em torno de R$ 300 mil.
— Com o valor que recebemos, seria possível comprar a subestação. No entanto, não teríamos recursos para fazer a troca da fiação elétrica que, com uma rede de alta tensão, precisa ser mais forte. Não tinha como fazer só metade do serviço, então, acabamos pintando a escola e arrumando outros problemas — afirmou a diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Emílio Sander, Hildeburg Buhler.
Problema no telhado
Além das dificuldades com a rede elétrica, uma parte do telhado do colégio precisa de reparos. Um vendaval registrado no final de outubro do ano passado danificou a estrutura e atingiu também um pedaço do pátio da instituição.
A escola chegou a fazer um orçamento inicial no valor de R$ 32 mil, mas o conserto ainda não aconteceu. Ainda, há a preocupação que outra parte do telhado apresente problemas semelhantes no restante do ano. No momento, a direção da Emílio Sander aguarda um retorno por parte da Seduc quanto ao orçamento para arrumar o telhado.
Vistoria já realizada
GZH entrou em contato com a Secretaria Estadual da Educação e com a RGE, que atualmente responde pela energia elétrica, a respeito da situação.
A RGE informou que está à disposição da secretaria para analisar eventuais solicitações de aumento de carga no local e orienta que as instalações elétricas da escola sejam revisadas por um profissional.
Por meio de nota, a Seduc afirma que os engenheiros responsáveis já realizaram a vistoria e agora a obra está em fase de elaboração de projeto na Secretaria Estadual de Obras (SOP). Ainda segundo a secretaria, a reforma do telhado está incluída nesta etapa.
A pasta, no entanto, não informou uma previsão para elaboração do projeto.