Em assembleia geral realizada na tarde desta terça-feira (28), os professores municipais de Guaíba decidiram pela manutenção da greve e a recusa das duas propostas apresentadas pela prefeitura. A greve, que ocorre de forma ininterrupta desde o dia 15 de março, seguirá por tempo indeterminado, segundo o Sindicato Municipal dos Professores de Guaíba.
As duas propostas foram apresentadas em reunião envolvendo representantes do sindicato e da prefeitura. A primeira oferta do município envolveria um reajuste de 6% no salário e mais um aumento de R$ 600 no vale-alimentação por matrícula na prefeitura (segundo a prefeitura, cerca de cem professores têm duas matrículas). Já a segunda proposta ofereceu também um reajuste salarial de 6%, mas um aumento de R$ 700 por CPF de cada servidor.
De acordo com o sindicato, a categoria não aceitou as novas ofertas da prefeitura, pois seriam semelhantes àquelas já apresentadas anteriormente.
— Queremos o reajuste real no nosso salário e hoje tivemos o mesmo valor já apresentado antes. O valor do vale-alimentação mudou, mas o vale não vai para nossa a aposentadoria e é mais restritivo para utilizarmos — destacou a presidente do Sindicato Municipal dos Professores de Guaíba, Rosangela Haim.
O sindicato confirmou ainda que está preparando um ofício para ser entregue ao executivo solicitando uma nova reunião de negociação. Conforme a categoria, cerca de 10 mil alunos são afetados pela paralisação A prefeitura de Guaíba anunciou que os demais servidores municipais, que tinham aderido ao movimento dos professores, aceitaram os acordos oferecidos e decidiram pelo fim da greve. Mais de 10 mil alunos são afetados pela interrupção das aulas.