A segunda-feira (2) foi de volta às aulas nos municípios do Rio Grande do Sul após uma breve pausa na última semana. Já as escolas estaduais voltam na quarta-feira. Na Capital, assim como nas cidades do Interior, o retorno ainda é de aulas em formato híbrido, com os estudantes revezando entre ensino presencial e conteúdo online. A prefeitura de Porto Alegre também iniciou hoje uma campanha publicitária com o objetivo de incentivar o retorno daqueles alunos que ainda não aderiram ao ensino presencial.
Nas escolas do Interior, a adesão tem aumentado, conforme relataram diretores ouvidos pelo programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira. Ainda assim, não há instituições com 100% dos alunos em sala de aula e a rigidez dos protocolos de segurança sanitária têm sido sentido pelas escolas. Outro ponto em destaque é o ensino híbrido.
— Os casos de covid aconteceram entre familiares e alguns professores, mas todos estes foram monitorados, afastados pelo tempo necessário e também tiveram acompanhamento da Secretaria de Saúde. A vacinação, na qual muitos professores e funcionários já estão tomando a segunda dose, também reforça esse momento para que tenhamos segurança e mais vontade de voltar com todos os protocolos sendo seguidos — afirma Jordana Farina Putti, diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Badalotti, de Erechim. Na cidade, os sete mil estudantes de 18 escolas municipais voltaram das férias nesta segunda-feira.
Em Uruguaiana, as aulas presenciais foram parcialmente retomadas em julho, funcionando de forma escalonada. Na escola municipal Marília Sanchotene Felice, os grupos foram divididos em blocos e o retorno, a partir de agosto, deve contemplar a todos que ainda não tiveram aulas presenciais.
— Inicialmente a adesão pelas aulas presenciais foi abaixo das expectativas da direção, porém, com o passar dos dias, a comunidade, percebendo os protocolos de segurança e as estratégias da escola, começou a trazer seus filhos — afirma Roberto Salomão, diretor da escola.
Até o momento, não houve casos de covid-19 na Marília Sanchotene Felice, o que o professor credita aos protocolos sanitários.
Já em Caxias do Sul, apenas 12% dos alunos matriculados no Instituto Estadual de Educação (IEE) Cristóvão de Mendoza estão frequentando as aulas presencialmente. Algumas turmas chegam a ter apenas três ou quatro estudantes nesta modalidade, enquanto o restante segue no remoto.
— O que nos causa um certo desconforto é que preparamos uma estrutura toda para receber os estudantes e por vezes, mesmo optando pelo termo de retorno, eles costumam não frequentar a escola — lamenta a diretora Roseli Maria Bergozza.
Além da sobrecarga gerada pela necessidade de atendimento simultâneo nas modalidades presencial e remoto — característica do ensino híbrido —, os cuidados com protocolos sanitários e distanciamento social somam-se ao desgaste diário enfrentado nas escolas.