Com as mudanças no modelo de distanciamento controlado e a entrada do Estado em bandeira vermelha, com a consequente permissão para a retomada das aulas presenciais para todos os níveis escolares, o Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Estado do Rio Grande do Sul (Sindicreches-RS) passou a orientar a reabertura das escolinhas. Carina Kothe, presidente do Sindicreches, afirma que aconselhou as instituições a seguirem o que aponta o decreto do governador Eduardo Leite:
— A orientação é reabertura das escolinhas, mas pedimos também que os proprietários de creches fiquem atentos aos critérios de retomada que estão sendo impostos por cada prefeito. Afinal, os municípios têm como criar regramentos complementares de reforço dos protocolos ou de impedimento do retorno. Os delegados do sindicato que estão presentes nas cidades gaúchas estão em contato com o Executivo local e devem repassar o que for determinado às escolinhas.
A Secretaria Municipal de Educação (Smed) informa que, na Capital, será considerado o distanciamento de 1,5 metro entre as classes. Logo, a capacidade física de atendimento ficará proporcional às dimensões das salas e aos afastamentos entre mesas, “podendo variar de acordo com a geometria da sala, quantidade e tamanho das portas, materiais permanentes etc.”.
Ainda segundo a pasta, as creches que optarem pelo sistema híbrido de ensino deverão seguir as regras da Smed. Ou seja, precisarão dividir a turma por grupos que “comparecerão às escolas em dias alternados, mas recebendo as mesmas atividades pedagógicas a fim de garantir a equidade no atendimento de todos os estudantes”.
Diversas escolas de Educação Infantil já reabriram as portas nesta quarta-feira (28), contudo, o Sindicreches não soube apontar quantas já retornaram e qual deverá ser a porcentagem de adesão ao retorno nos próximos dias.
Carina diz que acredita na decisão tomada pelo governador e espera que não haja novos impasses jurídicos.
— Acreditamos na independência dos poderes. Vivemos um período de insegurança quando houve a sobreposição de decisões. Se continuarmos como sempre, teremos condições de manter tudo em funcionamento — afirma.
Nilo Ortiz, proprietário da rede Tartaruguinha Verde, afirma que as instituições estão prontas desde outubro passado, quando as aulas recomeçaram. Mas ele optou por voltar somente na quinta-feira (29) para evitar mais transtornos.
— As crianças já foram muito impactadas por tantas medidas cruzadas, por isso, optamos por esperar. Agora, a situação parece mais calma e a decisão, sólida. Estamos acertando os últimos detalhes de alinhamento de trabalho com os funcionários e comprando alimentos para as refeições das crianças — conta Ortiz.
O proprietário da Tartaruguinha Verde afirma que a maioria dos estudantes voltará para a sala de aula e que somente alguns pais optaram por deixarem os filhos no ensino remoto. Ele não apontou o número de estudantes que ficarão em casa.