Mesas e cadeiras reduzidas, estudantes de máscara, álcool gel e avisos para cumprir o distanciamento espalhados por todos os cantos. Esse é o cenário do Metta, espaço para estudos localizado na Avenida Osvaldo Aranha, no Bom Fim, em Porto Alegre. Mas também será a realidade de quem pretende fazer provas durante a pandemia.
— Às vezes o estudante pergunta se precisa mesmo ficar o tempo todo de máscara. Eu explico que sim, pela nossa segurança, mas também porque no dia da prova isso será obrigatório. É um treinamento — explica a advogada Laura Lermann, 27 anos, que abriu o espaço em parceria com o namorado, Rafael Radke, 30 anos, também advogado.
Hoje, o casal administra duas salas de estudos no prédio onde ficava o Cine Baltimore. A primeira aberta em 2018, e a segunda inaugurada em junho de 2020. Para atender aos protocolos de combate ao coronavírus, a capacidade de cada local, antes para até 24 pessoas, foi reduzida para 12 – mas dificilmente o espaço lota, já que fica aberto 24 horas por dia e os estudantes têm rotinas diferentes.
Segundo Laura, grande parte dos frequentadores procura o serviço para fugir das distrações do lar.
— As pessoas buscam um local tranquilo, sem barulho. Aqui dentro há regras, não pode conversar — explica ela, que recebe gente se preparando para vestibulares, Enem e principalmente concursos públicos.
É o caso da advogada Camila Dill, 31 anos, que sai todas as manhãs do bairro Petrópolis, onde mora, para estudar para o concurso da Magistratura Estadual. Como todos os outros alunos que estudam ali, ela tem uma cabine própria, com livros, cadernos e canetas, e precisa até mesmo trocar de calçado para entrar. Segundo ela, a atmosfera da sala de estudos tem sido importante na preparação:
— Nem sempre é fácil estudar em casa. Aqui eu me concentro e acabo simulando o dia da prova, permanecendo de máscara e com todos os cuidados necessários. Me sinto segura e estou confiante.