Com uma crise que atrasa salários desde 2017 , professores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) reclamam de falta de diálogo com a universidade. Segundo relatos de funcionários e de Marcos Fuhr, um dos diretores do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro/RS), os vencimentos de setembro foram pagos em novembro pela empresa.
Uma das questões sem respostas por parte de professores, por exemplo, é como será pago o 13º salário de 2019.
Procurada, a Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), mantenedora da instituição, se manifestou por meio de nota, e afirmou que a "folha de pagamento é prioridade da administração". O principal fator para o problema, diz, "é o atraso no repasse do FIES (o financiamento estudantil) e a inadimplência das mensalidades".
A instituição não informou quantos trabalhadores são afetados pelo problema, quando ele começou e nem quando será pago o 13º dos funcionários.
Em relação a reclamação sobre falta de diálogo, a mantenedora afirmou que "se comunica com os funcionários através de sua rede interna e mantém um estreito diálogo com os sindicatos representativos do setor".
Veja o texto na íntegra:
"A Aelbra informa que vem enfrentando um descompasso de caixa por diversos fatores, cujo principal é o atraso no repasse do FIES (o financiamento estudantil) e a inadimplência das mensalidades. A folha de pagamento é prioridade da administração e está sendo paga parceladamente, à medida que os recursos são disponibilizados. Para compensar os atrasos nos pagamentos de salários, existe a garantia do pagamento de uma multa sobre os valores em atraso negociado com os sindicatos das categorias profissionais.
A mantenedora da Ulbra se comunica com os funcionários através de sua rede interna e mantém um estreito diálogo com os sindicatos representativos do setor.
Agradecemos a compreensão de todos os professores e funcionários pela sua dedicação e compreensão que o momento exige.
Reforçamos que a administração está empenhada em superar essas intercorrências e prospectar a pontualidade no pagamento dos salários."