O governo do Rio Grande do Sul confirmou que as obras no Instituto de Educação General Flores da Cunha, na Avenida Osvaldo Aranha, em Porto Alegre, estão totalmente paralisadas por falta de verba. A interrupção dos trabalhos da empresa contratada — Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A — ocorreu há poucos dias, segundo a Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Atualmente, somente vigilantes são vistos no local. Conforme a pasta, até agora foi investido R$ 1,1 milhão no empreendimento, mas ainda é necessário um aporte de R$ 21 milhões para a conclusão da edificação.
Em nota, o governo informou que o "montante é considerado expressivo diante da situação financeira do Estado. Por esse motivo, será criado um grupo de trabalho com técnicos das secretarias de Governança e Gestão Estratégica, Educação, Fazenda, Obras e Cultura. O objetivo é analisar alternativas técnicas e financeiras para entregar a obra".
O Instituto de Educação está fechado desde agosto de 2016. A obra deveria ter sido concluída entre julho e agosto de 2017. A primeira empresa selecionada, no entanto, teve o contrato rompido em agosto de 2017, devido a atrasos. Em fevereiro de 2018, devido ao atraso, a Seduc perdeu os recursos que possuía para a obra, oriundos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), e passou a usar dinheiro do Tesouro do Estado.
O governo elaborou nova licitação, mas enfrentou problemas, porque, inicialmente, todas as empresas que elaboraram propostas tiveram dificuldades com a documentação demandada. Os trabalhos foram retomados em outubro de 2018.
Atualmente, pouco mais de 20% dos trabalhos estão concluídos. A obra prevê troca da rede hidráulica e elétrica, substituição do piso, implantação de elevadores e rampas, iluminação interna e externa, instalação de uma central de gás e de uma cisterna e climatização das salas de aula.
Os 1.354 alunos matriculados na instituição estão realocados nas Escolas Estaduais Roque Callage, Rio Branco e Felipe de Oliveira.