Parada há 12 meses, a reforma do Instituto de Educação, em Porto Alegre, já tem data para ser retomada. De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), as obras recomeçam no dia 16 deste mês. Nesta segunda-feira (8), o governo gaúcho assinou a autorização para o serviço junto à empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A. Na semana passada, o contrato, no valor de R$ 22,9 milhões, foi formalizado – mas ainda era necessária a assinatura da autorização.
A reforma, que começou em janeiro de 2016 e deveria ter sido concluída entre julho e agosto de 2017, está somente 10% pronta. A partir do dia 16, a nova empresa terá 18 meses para concluir os trabalhos.
Construído em 1935, o Instituto de Educação é considerado patrimônio histórico do Rio Grande do Sul – como o prédio é tombado, o projeto de reforma precisou de mais cuidados, o que tornou a obra mais cara. Os trabalhos incluem troca das redes hidráulica, elétrica e de informática, troca dos pisos e revestimento, implantação de sistema de segurança e elevadores.
Mais de 1,5 mil estudantes da instituição estão realocados em outras escolas desde o início de 2016 para que as melhorias sejam feitas nos três prédios do colégio (prédio central, ginásio e jardim de infância). A previsão de que os alunos possam estar no prédio no ano letivo de 2020 está mantida.
Impasse na retomada das obras
As obras deveriam ter sido concluídas entre julho e agosto de 2017. A primeira empresa selecionada, no entanto, teve o contrato rompido em agosto do ano passado por ter atrasado o serviço. O governo elaborou nova licitação, mas enfrentou problemas porque, inicialmente, todas as empresas que elaboraram propostas tiveram problemas de documentação. Já foram inúmeras promessas de retomada da obra pelo governo, mas todas esbarraram na demora da licitação.
O Estado poderia ter utilizado verbas do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para a reforma, mas perdeu a oportunidade porque as obras com esses recursos precisariam ser concluídas até fevereiro de 2019, o que não vai acontecer. Agora, os custos serão cobertos com recursos públicos, por meio do dinheiro proveniente do salário-educação.