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Ex-alunos do Instituto de Educação General Flores da Cunha, de Porto Alegre, deram as mãos em frente ao prédio localizado na Avenida Osvaldo Aranha ao meio-dia deste sábado (16). A ação foi uma forma de protesto às obras de restauração — com prazo de 18 meses e custo de R$ 22,5 milhões — que se iniciaram no início do ano passado e ainda não foram concluídas. Também foi um ato de reconhecimento à importância do colégio em suas formações profissionais. A médica Cristina Estery, 44 anos, foi quem organizou o encontro. Ela veio de São Paulo, onde mora, apenas para "abraçar" a instituição com outras 32 pessoas.
— Estudei o 1º grau (hoje chamado de Ensino Fundamental) aqui. Lembro que, naquela época, fui fazer o 2º grau (Ensino Médio) em outra escola porque aqui só tinha o magistério. Mas era uma escola pública que não perdia para nenhuma particular da cidade. Daqui saíram médicos, advogados, dentistas e muitos outros profissionais. O Instituto de Educação nos deu uma ótima base — explica.
Após sucessivos problemas estruturais, o governo do Estado prometeu, em 2011, um projeto de restauração e modernização, cujas obras estavam previstas para começar no segundo semestre de 2012. Antes disso, o cercamento do prédio, concluído em 2009, tinha sido discutido por nada menos que 10 anos. As obras se iniciaram, de fato, em 2016, ano em que os 1.540 estudantes começaram a ser alocados em outros prédios. Em agosto, o Piratini determinou a rescisão do contrato com a empresa responsável pela restauração por descumprimento do acordo.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que a rescisão do contrato foi determinada com base no artigo 77 da Lei de Licitações porque "houve descumprimento do contrato, uma vez que os serviços executados chegaram a apenas 9,15% do total contratado, quando a evolução deveria ser próxima de 75%". Desde então, as obras estão paradas, e o prédio, fechado para a comunidade.