Tem leitor perguntando que diabos é aquele telhado cinza instalado há semanas no Instituto de Educação General Flores da Cunha, na Avenida Osvaldo Aranha. A estrutura não pode destoar mais da arquitetura do prédio construído nos anos 1930, em estilo neoclássico.
Nada de pânico. A Secretaria Estadual da Educação esclarece que a cobertura é provisória – foi instalada só para proteger o prédio enquanto o telhado original, de madeira e telhas de barro, passa por reforma.
– É o que a gente chama de sobretelhado. Ele garante que não entre água na obra – explica o arquiteto Tiago Holzmann da Silva, co-autor do projeto de restauração do Instituto de Educação.
Em obras desde janeiro de 2016, o prédio não recebe atividades – as aulas foram transferidas para a antiga Escola Estadual Roque Callage, na Rua Cabral. A restauração prevê um novo paisagismo, reforma nas redes elétrica e hidráulica, iluminação interna e externa, instalação de câmeras de videomonitoramento, rede lógica, sonorização e climatização.
O prazo para conclusão dos trabalhos era de 18 meses, mas o cronograma atrasou. A Secretaria de Educação já estuda entrar com uma ação judicial contra a empresa Porto Novo Empreendimentos e Construções. Quer dizer: não há previsão para a retirada do telhado feio.
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