Professores do Colégio Americano, da rede privada de Porto Alegre, decidiram paralisar as atividades na escola nesta terça (29) e na quarta-feira (30) em razão do atraso no pagamento do salário de setembro. A deliberação foi tomada em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (28). Uma nova reunião está marcada para quarta.
Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), a direção da instituição de ensino depositou uma parcela equivalente a 12% do salário de setembro dos professores, mas o pagamento total deveria ter sido realizado em 5 de outubro, o que não ocorreu. Depois disso, houve novas duas promessas de depósito: nos dias 15 e 28, mas não foram efetivadas.
— O sindicato vem acompanhando a delicada situação vivida pela Rede Metodista. A instituição tem uma relação não transparente e dificultada ainda mais pelas repetidas promessas não cumpridas — afirma Margot Andras, diretora do Sinpro/RS.
Para Margot, não há justificativa para o atraso de salários:
— O Americano se mantém com a mensalidade paga em dia pelos pais, o que não justifica o atraso dos salários dos professores. É também por respeito aos pais que pagam regularmente que os docentes decidiram paralisar.
A reportagem tenta contato com a Rede Metodista para esclarecer porque o salário de setembro não foi quitado e como a instituição deve responder à paralisação.
A crise no Colégio Americano vem se agravando no ano de 2019. Em julho, GaúchaZH publicou reportagem com o desabafo de professores e o relato de pais preocupados com a situação, que é de repetidos atrasos em pagamentos nos últimos dois anos.