Após a confirmação de que Bagé é uma das duas cidades gaúchas que serão contempladas na primeira etapa do Programa das Escolas Cívico-Militares, o diretor da Escola Municipal Cívico-Militar de Ensino Fundamental São Pedro, Gustavo Souza Rossi, deu entrevista, nesta terça-feira (10), ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha. Ele falou sobre as mudanças na rotina da instituição, que desde a semana passada está trabalhando com uma metodologia que é parecida com a proposta pelo governo federal.
Confira a entrevista na íntegra:
Segundo Rossi, os novos monitores têm como tarefa principal cuidar da rotina da escola, incluindo o monitoramento do horário de entrada e saída dos alunos, a frequência e a disciplina nos corredores.
O diretor também afirmou que não haverá mudanças na direção, que continuará sendo escolhida pela comunidade escolar, e que toda a equipe pedagógica continua sendo civil.
— A parte disciplinar é dos militares. Cada aluno tem uma ficha individual, e os militares cuidam dessa parte de disciplina, de rotina escolar. A parte pedagógica, civil, continua sendo dos professores — explica.
Período de adaptação
Neste segundo semestre de 2019, a escola vive um processo de adaptação ao novo modelo. Já o programa do governo federal deve ser implantado em 2020.
— No segundo (semestre), vamos chamar as famílias para apresentar a nova rotina da escola, para no ano que vem a implantação na íntegra. No segundo semestre já haverá mudanças de implantação do horário e algumas adaptações. Como ainda não existe o regimento implantado, nós vamos tentar aquilo que pode ser feito dentro da legalidade — disse.
Para ele, os novos métodos impactam positivamente a vida dos alunos no que diz respeito à recuperação de antigos valores que foram perdidos ao longo dos anos, como o respeito, o cuidado com os horários e o uso dos uniformes.
— Toda essa parte que hoje a escola tem a dificuldade em realizar é o trabalho que eles (os instrutores) terão, juntamente com a orientação educacional da escola —informa.
O diretor afirma, ainda, que espera os recursos que serão repassados pelo governo para que a escola que, segundo ele, possui espaços sem utilização, seja reformada.