Estudantes, professores e funcionários de escolas e universidades preparam uma série de protestos para esta quarta-feira (15), em todo o país. A Greve Nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), tinha como objetivo inicial a mobilização contra a reforma da Previdência, mas ganhou novas adesões após os bloqueios de recursos feito pelo Ministério da Educação (MEC), que afetam desde a Educação Básica até a pós-graduação.
Em Porto Alegre, representantes de entidades da rede pública de educação definiram, em reunião realizada na sede do Cpers Sindicato, na última sexta-feira (10), a realização de uma agenda unitária de protesto. Está prevista uma concentração em frente ao Instituto de Educação, na Avenida Osvaldo Aranha, a partir das 14h.
Depois de um abraço simbólico ao Instituto de Educação e à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os manifestantes devem seguir em caminhada, passando pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), pelo campus de Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e pela sede do INSS, no centro da Capital. De lá, a previsão é de seguirem para a Esquina Democrática, onde está prevista união de diversos grupos para protesto a partir das 18h.
Também estão previstas manifestações em instituições de ensino do interior do Estado. Segundo a CNTE, haverá mobilização em todos os Estados. A programação nas capitais pode ser conferida no site da entidade.
A União Nacional dos Estudantes, que apoia o movimento, também divulgou uma lista de ações.
De acordo com o Cpers, professores da rede estadual ligados ao sindicato devem paralisar as atividades nesta quarta-feira. Docentes e funcionários de universidades e institutos federais também aprovaram paralisação no dia de protestos.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) disse que vai monitorar a paralisação de quarta, respeitando as manifestações dos educadores. O sindicato que representa as instituições privadas (Sinepe-RS) afirma que, caso haja adesão dos professores ao movimento, serão avaliadas as condições para decidir sobre o funcionamento na rede privada.
A UFRGS afirmou que a universidade estará aberta, mas que as atividades acadêmicas dependem da adesão dos educadores ao movimento.