O balanço final do vestibular 2019 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi divulgado na manhã desta quinta-feira (10). Conforme a Comissão Permanente de Seleção (Coperse) da universidade, 5.397 candidatos, dos 28.503 inscritos, faltaram a pelo menos um dos quatro dias de provas, o que representa uma abstenção total de 18,93%. O percentual é idêntico ao do último processo seletivo, quando 6.139 estudantes dos 32.438 que se inscreveram faltaram.
No quarto e último dia, os candidatos responderam questões de História e Matemática. De acordo com Diego Zanella, professor de matemática do Unificado, houve uma mudança em relação à parte de funções, com suas classificações, como função positiva, crescente e decrescente, o que pode ter dificultado para alguns candidatos. Já em relação à história, para o professor e diretor de ensino do Unificado, Fabrício Indrusiak, a prova pareceu mais difícil, na comparação com os anos anteriores.
Além da abstenção, no site da universidade foi disponibilizada a média em cada uma das provas e o desvio padrão.
Médias nas provas do último dia:
- História - 11,24 acertos
- Matemática - 9,77 acertos
A lista de classificação do vestibular, o chamado "listão", será divulgado até 21 de janeiro. O período de matrícula é dividido em duas fases: a primeira com o envio da documentação, conforme a modalidade do candidato, que ocorrerá entre 21 e 27 de janeiro. E a segunda com a matrícula presencial, que será entre 6 e 9 de março.
Próximo vestibular será em novembro
A próxima edição do vestibular terá mudança em relação aos últimos anos. A seleção para ingresso em 2020 será ainda neste ano e não mais em quatro dias seguidos. As provas serão aplicadas nos finais de semana de 23 e 24 de novembro e de 30 de novembro e 1º de dezembro. Até o momento, não foram definidos os detalhes da aplicação nesse novo modelo, o que estará em discussão nas instâncias da universidade nos próximos meses.
A antecipação da data de aplicação das provas do vestibular faz parte de um conjunto de medidas implementadas pela Universidade para otimizar os processos de matrículas e a ocupação das vagas. No ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a instituição promovesse "esforços para preencher todas as vagas destinadas ao Sisu com alunos aprovados pelo próprio Sistema de Seleção Unificada". Com a mudança, segundo a universidade, haverá mais tempo para as análises de documentos e aferições exigidas aos candidatos classificados para ingresso pelo Programa de Ações Afirmativas e também poderá fazer mais chamamentos para ocupação de vagas remanescentes.