Um programa de combate à violência nas escolas do Rio Grande do Sul foi um dos cinco escolhidos, entre concorrentes de toda a América Latina e o Caribe, para receber apoio da Corporação Andina de Fomento (CAF). O programa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave), desenvolvido pelo governo do Estado, concorreu com 120 propostas na 1ª Convocatória Internacional de Avaliações de Impacto para uma Melhor Gestão, promovida pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina.
O programa Cipave é promovido pela Secretaria da Educação (Seduc) com o objetivo de incentivar a cultura da paz para reduzir gradativamente os índices de violência. Atualmente é adotado por quase a totalidade das 2,5 mil escolas da rede estadual gaúcha, com presença também nas redes municipal e particular.
— É um incentivo maravilhoso, que pode fazer com que programa vire uma política não só do Estado, mas de todo o Brasil, talvez até em outros países. Acredito que isso significa que desejam acolher a política como algo a ser mostrado de positivo para o mundo inteiro — comemora a coordenadora estadual da Cipave, Luciane Manfro.
O objetivo da consultoria é verificar o impacto, as mudanças e as transformações atribuídas diretamente às Cipaves nas escolas participantes. Os projetos vencedores receberão assessoria técnica completa dos avaliadores da CAF, incluindo recursos humanos e materiais para a produção de uma avaliação de impacto. Para Luciane, o apoio técnico e logístico, bem como os resultados que serão encontrados na avaliação, vão trazer um avanço para aperfeiçoar as ações de combate à violência nas escolas da rede pública.
A consultoria começa com visitas presenciais em março que devem durar quatro meses. Ao final desse período, poderá ser definido inclusive um apoio financeiro da instituição para a manutenção e possível ampliação do programa, dependendo do que os avaliadores internacionais apontarem.
A coordenadora estadual da Cipave acredita que a ampla aceitação do programa nas escolas públicas do Rio Grande do Sul, somado aos resultados já verificados pela iniciativa e a vontade de seguir promovendo novas ações foram alguns dos diferenciais para essa escolha.
— É uma notícia muito positiva. Além de podermos contar com essa expertise internacional, que traz também visibilidade ao programa, teremos condições de verificar se estamos indo no caminho correto e como podemos aperfeiçoar e ampliar as ações de combate à violência nas escolas — destaca Luciane Manfro.