O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou nesta quarta-feira (25) dois recursos a mais de segurança no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. Neste ano, as provas serão personalizadas com nome e número de inscrição do participante e haverá detectores de ponto eletrônico. No entanto, até o momento, os responsáveis pela prova afirmam ter 52 mil detectores de metal a menos do que no ano passado. As informações são do G1.
Durante o Encontro Nacional para Alinhamento Operacional do Enem 2017, em São Paulo, o governo anunciou o novo recurso de segurança do exame: é um receptor capaz de detectar a emissão de sinais em radiofrequência de wifi, bluetooth, celulares e transmissões ilegais. Ele será usado para localizar e identificar, com precisão e sem a necessidade de busca pessoal, participantes que tentarem usar pontos eletrônicos ou aparelhos de transmissão e que possam ter burlado os detectores de metal, usados desde 2014. O aparelho denominado Andre, da marca Rei, foi fornecido pelo grupo Berkana. O ministro da Educação, Mendonça Filho, não deu estimativa do custo de uso deste recurso.
Embora haja uma estratégia de prevenção e repressão a fraudes adotada pelo Inep sob orientação da Polícia Federal (PF), o governo federal admitiu que só tem garantido para o Enem 2017 o uso de 35% dos detectores de metal que foram empregados na edição anterior do exame. Segundo os responsáveis pela prova, a organização já tem em torno de 29 mil equipamentos. Em 2016, foram 81 mil aparelhos.
Mendonça Filho afirma que haverá detectores suficientes para que a segurança da prova esteja garantida. Ele negou que o impasse envolvendo o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação, Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe), antigo Cespe, da Universidade de Brasília (UnB), que foi responsável por aplicar o exame entre 2014 e 2016, vá prejudicar os candidatos. O governo e o Cebraspe discutem na Justiça a propriedade dos detectores de metal usados nos anos anteriores.
Mendonça Filho falou ainda sobre a importância da adoção de novos procedimentos de segurança e reforçou os ganhos com as mudanças adotadas no Enem após Consulta Pública.
– Nosso objetivo é combater os pontos eletrônicos que, infelizmente, ainda são usados em exames de grande expressão como o Enem – afirmou.
– Se fizermos um paralelo, dificilmente encontraremos algo da magnitude e do significado do Enem. Estamos pensando no conforto dos participantes e isso representa um ganho extraordinário – ressaltou.
Além da aplicação em dois domingos consecutivos e da prova personalizada, uma das principais novidades do Enem 2017 é a videoprova traduzida em Libras, para participantes surdos ou com deficiência auditiva.
O encontro marcou ainda o início da expedição das provas do Enem. O Ministério da Educação, o Ministério da Defesa e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) assinaram a ordem de serviço. Após a autorização, o primeiro carregamento de provas saiu em direção aos pontos de armazenagem no interior do país.