Pelo segundo ano consecutivo, mães que forem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tiverem com quem deixar os filhos terão o projeto "Mães no Enem" como uma opção para auxílio durante as provas. A iniciativa tem como objetivo unir candidatas e voluntárias a cuidar dos filhos das participantes durante o exame . As inscrições já estão abertas pelo e-mail maesnoenem@gmail.com e terminam no dia 31 de outubro.
A ação começou em 2016, quando 44 mulheres de cinco estados contaram com a ajuda de voluntárias durante as provas. Neste ano, cerca de 50 pessoas já se inscreveram no Rio Grande do Sul. Para participar, tanto como voluntária ou solicitar o auxílio, é preciso preencher um cadastro pelo e-mail e enviar cópias digitalizadas dos documentos.
Leia mais:
Confira dicas para se dar bem na prova de matemática
Confira dicas para se dar bem na prova de Humanas
Confira dicas para se dar bem na prova de Ciências da Natureza
Fernanda explica que os bancos de dados de mães e voluntárias são cruzados e verificados os estados, cidades e bairros para que as duas pessoas possam ser de regiões próximas. Em 2016, foram 245 voluntárias cadastradas.
Em entrevista ao programa CBN Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira (18), a jornalista afirmou que a ideia de criar uma rede de auxílio as mães surgiu por meio de uma corrente no Facebook. Ela conta que em 24 horas, 120 mulheres reponderam sua postagem na rede social. Depois disso, ela decidiu organizar e criar o projeto Mães no Enem e Mães na Universidade.
Em pouco tempo, a iniciativa passou a contar com apoio jurídico e começou a tomar forma. Hoje, há uma psicóloga e professoras que encaminham e corrigem tarefas de mães que querem estudar, mas não conseguem tempo para a preparação. Os contatos ocorrem sempre por e-mail.
– Professoras auxiliam as mães no estudo para a prova, mandando exercícios e auxiliando no estudo – destacou.
Conforme a coordenadora, o projeto Mães no Enem e Mães na Universidade é totalmente voluntário, sem fins lucrativos, e não conta com apoio de instituições públicas ou privadas. Para ela, o que move a iniciativa é a sororidade, união e aliança entre mulheres baseada na empatia e no companheirismo.
– A ideia é nos apoiarmos mutuamente para ocuparmos o espaço que nos foi relegado. A ideia é ocupar esses espaços. Que nada impeça essas mulheres de ocupar esses espaços – finalizou.
