
A nova direção da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) foi empossada na noite desta terça-feira (8), em solenidade no Salão Nobre do Palácio do Comércio, no Centro Histórico de Porto Alegre.
A cerimônia oficializa a nova gestão, que, na prática, já estava à frente da entidade empresarial desde 1º de janeiro e deve representar a federação pelo biênio 2025-2026.
Reeleito em novembro do ano passado, Rodrigo Sousa Costa assume seu segundo mandato como presidente da Federasul. Ele, que renovou 40% da diretoria, pretende manter os posicionamentos da entidade e desenvolver ações que valorizem o associativismo e o empreendedorismo gaúcho.
À reportagem, ele afirma que os anos de 2025 e 2026 serão decisivos para as tendências dos próximos 30 anos.
— Conforme as concessões que a gente fizer, que a gente renovar ou não, conforme o estado de espírito, nós vamos ter um Estado novamente próspero ou decadente. Então, nós vamos ter ou uma nova onda de migração ou êxodo do Estado do Rio Grande do Sul. E isso tudo se definirá nos próximos dois anos — afirmou.
No discurso de empossamento, Costa lembrou os últimos dois anos da entidade quase centenária, assim como os desafios superados colaborativamente, como as enchentes que atingiram o Estado em 2023 e 2024 e a polaridade política.
Ao lado do presidente reconduzido, 12 vice-presidentes, 23 diretores, 18 vice-presidentes regionais e 50 diretores regionais assumem a gestão. Entre as lideranças, 30% são mulheres.
Essa participação, segundo Costa, reflete uma tendência que vem ocorrendo mundialmente. Na diretoria da federação, pode chegar a até 45%, de acordo com as vagas ainda a serem preenchidas.
— Elas entregam resultados de forma mais comprometida. Isso a gente vê nos negócios e dentro da entidade. Muitos homens entregam bons resultados, mas, de forma geral, quando uma mulher assume um compromisso, ela entrega, ela faz. Então, isso é o que está nos chamando a atenção — disse.
Costa também afirma que deve haver discussões de ideias que possam contribuir para o avanço do Estado, com convergência entre os pares, independente de questões políticas.
Segundo ele, a enchente enfrentada pelo Estado em maio de 2024 evidenciou que é possível enxergar um "ser humano", independentemente do candidato escolhido na eleição.
— No nosso caso, a gente enxergou que o associativismo trouxe soluções, reconstruiu. Para mim, isso foi chocante. Em várias situações, foi muito acima das minhas expectativas. E as pessoas estão querendo convergência no lugar dos conflitos. Nunca vi um ambiente tão fértil, na opinião pública, um campo tão fértil para que a gente semeie boas ideias, embasadas em bons valores — disse.
Eleição
Por aclamação, Costa foi reeleito presidente da Federasul durante Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada em 27 de novembro de 2024. Em votação híbrida, mais de 148 lideranças e representantes de entidades de todo o RS participaram. A gestão renovada iniciou o mandato de dois anos em 1º de janeiro.
Perfil
Rodrigo Sousa Costa é natural de Pelotas, engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e advogado pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), pós-graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e produtor rural.
Foi presidente do Sindicato Rural de Pedro Osório, presidente da Associação Rural de Pelotas, coordenador do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Pelotas, coordenador da Aliança Pelotas e vice-presidente de Integração da Federasul por dois mandatos, além de presidente.