Após cancelar a viagem que faria à Europa nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá nesta segunda-feira (4) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para debater sobre o corte de gastos. As informações são do jornal O Globo.
A mudança na agenda de Haddad foi um pedido de Lula, para que o ministro se dedicasse a "temas domésticos", como informou a Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério da Fazenda em um comunicado no domingo (3).
Um dos pontos que será discutido é uma forma de enquadrar certas despesas obrigatórias no limite de crescimento de gastos previsto no arcabouço fiscal, de até 2,5% acima da inflação.
Também está sob análise aumentar de 30% para 60% a parcela do Fundeb que conta para o piso de gastos com educação. Devem entrar no piso emendas parlamentares para o setor e o programa Pé-de-Meia.
Conforme apuração do O Globo, a desobrigação de execução dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que chegarão a R$ 10 bilhões em 2025, também está na lista de alívio nas despesas obrigatórias. ProAgro e seguro-defeso também deixariam de ser despesas obrigatórias. Além disso, mudanças no seguro-desemprego e no abono salarial do PIS/Pasep estão sendo considerada.
Disparada do dólar
Por causa das incertezas e falta de propostas para os cortes de gastos, o dólar encerrou a sexta-feira valendo quase R$ 5,87, maior patamar desde maio de 2020. No ano, a moeda acumula valorização de 21%.