O governador Eduardo Leite tentará cobrar, em Brasília, na quarta-feira (5), que o governo federal reedite para o Rio Grande do Sul um programa de manutenção dos empregos, como fora implementado em larga escala durante a pandemia. O objetivo é evitar demissões em massa nas empresas diretamente atingidas pelas enchentes.
O pedido, que Leite espera direcionar ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, é para que o governo federal pague temporariamente parte dos salários dos funcionários das empresas privadas afetadas. Durante a pandemia foi implementado um programa desta natureza chamado de Benefício Emergencial (BEm).
— Benefício de manutenção de emprego e renda. É essencial que venha nos próximos dias algum tipo de ação. Temos muito receio do que possa significar em demissões evitáveis, desde que o governo federal entre em campo para garantir o pagamento de parte dos salários (dos funcionários da iniciativa privada) — destacou Leite, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira.
Outro pedido que será feito em Brasília é para que o governo federal ajude financeiramente o Rio Grande do Sul em relação às perdas que o Estado terá na arrecadação de impostos estaduais. Com baixa na produção e no consumo, a tendência é de queda na arrecadação de impostos – dinheiro que financia a máquina pública e os serviços estaduais.
— A gente projeta uma perda de arrecadação que pode chegar aos R$ 10 bilhões até o fim do ano. Vinte e cinto porcento dessa arrecadação é dos municípios — projetou o governador.
Leite vai a Brasília, formalmente, a convite da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, para participar de atividades relativas ao Dia Mundial do Meio Ambiente.